Taiti dá ingresso e ganha "Ai Se Eu Te Pego" de crianças na praia
Após conquistar a torcida no Mineirão em sua estreia na Copa das Confederações e oferecer a torcedores seu colar típico, o Taiti voltou a presentear brasileiros. Na manhã desta quinta-feira, horas antes de enfrentar a Espanha no Maracanã, a delegação entregou ingressos e bolas oficiais a crianças carentes, que retribuíram com músicas como "Ai Se Eu Te Pego" executadas por violinos e violoncelos.
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O projeto social Estrada Cultural, que atende crianças da Favela do Maré, ainda não pacificada, levou os 15 melhores músicos das cerca de 300 crianças do núcleo. Eles tomaram café no luxuoso hotel que abriga a delegação taitiana, ouviram uma palestra do grupo da Oceania e foram à praia após serem presenteados com bilhetes e Cafusas.
Na praia da Barra, executaram músicas como "Samba de Avião" e "Eu sei que vou te amar", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, mas os taitianos só conheciam "Ai Se Eu Te Pego", tanto que cantaram e dançaram enquanto as crianças tocavam o sucesso de Michel Teló.
Os jogadores autografaram as bolas e tiraram fotos com os novos fãs. Alguns atletas até abordaram um vendedor ambulantes e compraram cangas com a bandeira brasileira. Os músicos, por sua vez, se emocionaram ao saberem que existe a possibilidade de sentarem ao nível do gramado do Maracanã.
"O ingresso para jogos da Copa das Confederações é muito caro. Nenhum deles poderia comprar. Esses jogadores estão realizando um sonho dessas crianças, e disse aos taitianos que eles acreditem que tudo é possível nesse duelo Davi x Golias contra a Espanha", disse Carlos Eduardo Prazeres, coordenador do Projeto Estrada Cultural e da Orquestra Maré do Amanhã.
O núcleo foi escolhido pelo Taiti através de um conhecido da delegação da Oceania. O técnico Eddy Etaeta desembarcou no Rio de Janeiro solicitando a presença de membros de comunidade para presentear e dar alegria a crianças carentes e, por isso, abriu o hotel e a interação de seus jogadores mesmo antes de enfrentar a atual campeã mundial e bicampeã europeia.
O projeto serve de abrigo às crianças, a pedido dos pais, enquanto ocorrem ações policiais na comunidade. Cada uma das cerca de 300 crianças leva seu instrumento para casa e estuda música, passando por avaliações para participarem de eventos de acordo com seu desempenho. O grupo já sabe que os melhores participarão de duas ações na visita do Papa Francisco I no Rio de Janeiro, no mês que vem.