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Tandara reafirma ser contra mulheres trans no vôlei feminino

Em 2018, a campeã olímpica já havia criticado a regulamentação de Tifanny Abreu, primeira mulher trans a disputar a Superliga

15 out 2021 - 10h53
(atualizado às 14h15)
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Tandara foi convocada para a Olimpíada de Tóquio (AFP)
Tandara foi convocada para a Olimpíada de Tóquio (AFP)
Foto: Lance!

Tandara voltou a criticar a presença de mulheres transexuais no vôlei feminino. Em entrevista ao Oz Pod na quinta-feira, 14, a oposta do Osasco reafirmou o posicionamento contrário emitido em 2018, quando disse não ser a favor da regulamentação da jogadora Tifanny, primeira e única mulher trans na Superliga. Apesar da divergência, Tandara disse "respeitar a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei".

"Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo", começou a oposta.

"É bem complicado principalmente falar disso, porque quando eu dei essa entrevista as pessoas levaram para um outro lado, falando que eu era transfóbica. Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, eles autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto", completou.

Tandara ainda afirmou ser contra a criação de um projeto de lei que impeça Tifanny de jogar, mas ressalta que não concorda com a inserção de outras mulheres trans no vôlei feminino. "Se autorizaram, já era, é o direito adquirido. Só que eu não concordo com outras trans entrarem no esporte, hoje, porque você vai tirar o espaço de uma outra jovem, que está crescendo e buscando isso".

"Eu concordo que ela (Tifanny) tenha que jogar até quando ela quiser, porque é um direito adquirido, mas eu acredito que não tenham outras autorizações, porque hoje a gente tem tanta menina que corre atrás, e eu acredito que isso prejudica o espaço, entre uma trans e um jovem talento", concluiu.

Tandara segue afastada do Osasco enquanto cumpre suspensão provisória por suposta violação da regra antidoping durante a Olimpíada de Tóquio.

Lance!
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