Tênis usado por Kipchoge em recorde na maratona seria legal mesmo sob novas regras, diz Nike
A Nike afirmou que o tênis Alphafly, utilizado por Eliud Kipchoge para baixar a marca de duas horas na maratona, seria legal sob as novas regras da Associação Internacional de Federações de Atletismo e que os relatos difundidos de seus tênis contendo placas triplas de carbono são falsos.
Na quarta-feira, a Nike lançou uma nova versão do tênis, que cumpre com as regras introduzidas pelo órgão regulador na semana passada para limitar o uso de placas de carbono e a espessura da sola para corridas profissionais, em decorrência das preocupações de que o desenvolvimento tecnológico estavam dando aos corredores uma vantagem não natural.
O último modelo do tênis é o Air Zoom Alphafly Next%, com uma placa curva de carbono, uma espessura de palmilha de 39,5 milímetros, além de bolsas adicionais de ar. As novas regras - a primeira regulação da Associação em torno de especificações de tênis de corrida - indicam que os tênis de rua devem ter palmilhas não mais grossas que até 40 mm e não devem conter mais do que uma placa rígida de fibra de carbono incorporada.
"Estamos contentes de que o Nike Zoo Vaporfly series e o Nike Zoom Alphafly Next% continuam legais", afirmou a companhia norte-americana. "Continuaremos o nosso diálogo com a Associação e a indústria em razão dos novos padrões."
Seguindo-se a isso, a Nike disse, na quinta-feira, que os tênis utilizados por Kipchoge para sua maratona não oficial em Viena, em outubro passado, em menos de duas horas, ainda seriam legais, mesmo diante das novas regras.
"Não fabricamos tênis de corrida com três placas", disse um porta-voz da Nike à Reuters, acrescentando que a espessura da entressola também estava dentro dos novos parâmetros. A especulação do setor de que os tênis de Kipchoge eram triplicados foi baseada na patente da Nike de 2018 para um modelo contendo placas triplas.