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Tênis

Alcaraz é surpreendido no US Open e desabafa

Campeão da edição 2022 do US Open, o espanhol Carlos Alcaraz, terceiro da ATP, foi surpreendido por um inspirado holandês Botic van der Zandschulp, 74º, e teve uma queda precoce na segunda rodada do último Grand Slam do ano. O espanhol batalhou por 2h21 mas acabou superado com placar de 6/1 7/5 6/4 tendo convertido o mesmo número […]

30 ago 2024 - 08h01
(atualizado às 08h01)
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Alcaraz com Zandschulp /
Alcaraz com Zandschulp /
Foto: Simon Bruty/USTA / Esporte News Mundo

Campeão da edição 2022 do US Open, o espanhol Carlos Alcaraz, terceiro da ATP, foi surpreendido por um inspirado holandês Botic van der Zandschulp, 74º, e teve uma queda precoce na segunda rodada do último Grand Slam do ano.

O espanhol batalhou por 2h21 mas acabou superado com placar de 6/1 7/5 6/4 tendo convertido o mesmo número de aces de Zandschulp, dois, e cometeu uma dupla-falta a sete do holandês, que disparou 22 bolas vencedoras contra 21 do espanhol, que cometeu 27 erros não-forçados a 21 de Zandschulp.

Trabalhando mal com segundo serviço, tendo muito dificuldade de encaixar seu primeiro saque, Alcaraz saiu quebrado já no 2º game, conseguiu encaixar um excelente game de saque dificultando a devolução do holandês e confirmando de zero no 4º game, mas não fez muito mais que isso na primeira etapa. Zandschulp, para além de aproveitar para forçar devoluções com forehand, sacou bem e dominou por completo a primeira etapa.

No segundo set, o holandês seguiu com sua tática, mas viu o espanhol tentar arriscar mais e buscar ritmo de jogo. Assim, salvou breakpoint no 2º game, quebrou o espanhol no 3º game, mas o viu devolver na sequência conseguindo pressionar e alongar trocas. Alcaraz passou a trabalhar melhor com seu saque, ganhou confiança e foi controlando seus games sem conseguir pressionar o bom saque do holandês, que manteve a calma e pressionou em um game ruim de saque e com erros do espanhol, que marcou a quebra no 11º game e colocou Zandschulp para sacar e fechar o set.

O jogo seguiu com certo equilíbrio na terceira etapa. Alcaraz saiu quebrado no 3º game, mas devolveu na sequência. A partida seguiu com os tenistas tentando se pressionar, mas com Zandschulp com muita segurança em seu saque. O espanhol, por sua vez, foi perdendo pontos em seus games de saque, até que sacando no 9º game, em momento tenso do jogo, o espanhol voltar a trabalhar mal primeiro serviço, acabou quebrado e viu Zandschulp sacar para o jogo.

Zandschulp, que tem como principal campanha em Nova York quartas de final em 2021 encara o britânico Jack Draper, 25º que vem de vitória em sets diretos contra o argentino Facundo Acosta, 64º, e placar de 6/4 6/2 6/2.

Em entrevista coletiva, o espanhol desabafou: "Não sei o que dizer agora. Primeiro de tudo, ele jogou muito bem. Ele jogou um tênis muito bom. Achei que ele me daria mais pontos de graça. Ele não cometeu muitos erros que eu achei que ele cometeria…", iniciou o espanhol

Alcaraz reconhece que não conseguiu reagir e responder ao alto nível do adversário: "Foi um pouco confuso. Eu não soube como administrar ou lidar com isso. Não consegui aumentar meu nível. Acho que meu nível permaneceu o mesmo durante toda a partida e não foi o suficiente para fazer isso ou para me dar a chance de entrar na partida ou tentar me dar chances", confessou.

"O que posso dizer? Não me senti bem batendo na bola. Cometi muitos erros. Quando quis voltar, era tarde demais", resumiu.

Para a imprensa de língua espanhola, Alcaraz conseguiu expressar em detalhes como se sentiu em quadra: "No início do jogo foi difícil para eu ganhar distância. Cometi muitos erros, principalmente de bolas fundas, de simplesmente não ver bem a bola. Ou ele acertou muito atrás ou muito à frente. Muito raramente senti a bola no ponto ideal", iniciou.

Ainda segundo o espanhol, as sensações seguiram durante todo o jogo: "Vi que a bola estava se afastando de mim, que não estava chegando bem, que não estava apoiando bem. Esta é uma sensação muito estranha. E a verdade é que o que sinto agora é que em vez de dar passos à frente, dei passos para trás no meu trabalho mental e eu não entendo o porquê", confessou.

O espanhol ainda destacou: "Não sei o porquê, porque eu estava vindo de um verão espetacular, de Roland Garros, de Wimbledon, saindo de lá dizendo que mentalmente tinha dado um passo à frente, como se tivesse percebido que para ganhar grandes coisas ou Grand Slams é preciso estar com a cabeça firme. Eu venho nessa gira e é como se eu tivesse dado passos para trás. Tipo, mentalmente não estou bem, não estou  forte. Entre os problemas que tenho é que não sei me controlar, não sei administrar e isso para mim é realmente um problema".

Esporte News Mundo
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