Ashleigh Barty dá show e disputa final histórica no Aberto da Austrália contra americana
Número 1 do mundo sobra em quadra e bate Madison Keys por 2 sets a 0 em apenas 1 hora de partida
O sonho da torcida australiana em ver uma jogadora da casa conquistar o título do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, em Melbourne, está ainda mais próximo de se tornar realidade. Líder do ranking da WTA, Ashleigh Barty segue confirmando o favoritismo na competição e chega sem perder sets à final. A número 1 do mundo superou nesta quinta-feira a americana Madison Keys, ex-Top 10 e atual 51.ª colocada, por 2 sets a 0 — com parciais de 6/1 e 6/3, após apenas 1 hora e 4 minutos de partida.
Barty é a primeira anfitriã em 42 anos a chegar à final do Aberto da Austrália. A última havia sido Wendy Turnbull, superada pela checa Hana Mandlikova na decisão de 1980. Já o último título de uma australiana aconteceu em 1978, com Chris O'Neil. Na Era Aberta do tênis, outras três australianas já foram campeãs do torneio, com quatro títulos de Margaret Court, três de Evonne Goolagong e um de Kerry Melville Reid.
Aos 25 anos, Barty tenta conquistar o seu terceiro título de Grand Slam da carreira. Sua primeira taça foi no saibro de Roland Garros em 2019. Já no ano passado, triunfou na grama de Wimbledon. Até então, o melhor resultado da australiana em Melbourne era a semifinal em 2020. Desde a classificação para mais uma semi na Austrália, ela assegurou a permanência na liderança do ranking da WTA. Já tem 112 semanas como número 1 do mundo, sendo 104 consecutivas.
A número 1 do mundo segue invicta na temporada 2022, com 10 vitórias no ano. Há três semanas, venceu o WTA 500 de Adelaide, também em solo australiano, o 14.º título de sua carreira no circuito profissional.
A adversária de Barty na final marcada para o próximo sábado será outra americana. Pela primeira vez em sua carreira profissional, Danielle Collins disputará uma decisão de Grand Slam. A jogadora de 28 anos e 30.ª do ranking superou a polonesa Iga Swiatek, número 9 do mundo, por 2 sets a 0 - com parciais de 6/4 e 6/1, após 1 hora e 18 minutos.
Collins comemora sua sétima vitória contra uma Top 10 na carreira. Ela tem um triunfo em quatro jogos diante de Barty. Vencedora de dois torneios da WTA, em Palermo (Itália) e San Jose (Estados Unidos) no ano passado, vai entrar no Top 10 com a campanha até a final em Melbourne. Também irá se tornar a melhor tenista americana no ranking, ultrapassando Jennifer Brady, Jessica Pegula, Coco Gauff e Sofia Kenin de uma vez só.
Vinda do circuito universitário americano, tendo atuado pelas universidades da Flórida e da Virginia entre 2012 e 2016, Collins só conseguiu efetivamente manter um calendário de competições profissionais a partir de 2017. Já na temporada seguinte chegou ao Top 50 e terminou aquele ano como 35.ª do mundo.
No início de 2019, avançou à sua primeira semifinal de Grand Slam na Austrália e ocupou o 23.º lugar do ranking. Já na última temporada, precisou fazer uma breve pausa na carreira depois de ser diagnosticada com endometriose, tendo que passar por cirurgia. Quando voltou a jogar, teve bons resultados, vencendo seus dois primeiros títulos no circuito profissional.