Em SP, Rogerinho, Thiago Alves e Feijão brigam por vaga na Davis
Em sua primeira exibição no Grupo Mundial da Copa Davis desde 2003, o Brasil enfrenta os Estados Unidos a partir do próximo dia 1º de fevereiro, em Jacksonville. Sob os olhares do capitão João Zwetsch, Rogério Dutra da Silva, Thiago Alves e João ‘Feijão’ Souza disputam uma vaga na equipe nacional durante o Aberto de São Paulo.
Único brasileiro entre os 100 primeiros do ranking mundial, Thomaz Bellucci, atual 33º da lista da ATP, é presença garantida. Assim como Marcelo Melo e Bruno Soares, 18º e 19º na classificação de duplas, respectivamente. Desta forma, a última vaga restante para o duelo em quadra rápida coberta fica entre Rogerinho, Alves e Feijão.
"Com certeza, um desses três será convocado. Depois do Thomaz, são os que vêm jogando em nível mais alto e todos já estiveram no top 100. Já tenho uma ideia mais ou menos formada e estamos apenas esperando esse torneio para definir algumas coisas. É claro que as características do confronto também serão levadas em conta", disse Zwetsch.Atual 126º colocado no ranking mundial, Rogerinho surge como favorito na disputa. Convocado para o confronto com a Rússia, nos playoffs do Grupo Mundial, ele ganhou moral com Zwetsch ao vencer seus dois jogos e agrada pelo estilo aguerrido, condizente com a Copa Davis.
"Estou muito confiante. Venho de uma experiência boa e espero ser lembrado. A Copa Davis é uma competição diferente, que eu gosto de participar e me identifico. Graças a Deus, tive resultados bons e estou sempre trabalhando para tentar ser lembrado pelo capitão", declarou.
Chamado por Zwetsch para o confronto com a Colômbia, primeiro desafio do Brasil no ano passado, Feijão, 144º do mundo, lembra que um possível ponto do companheiro de Bellucci em simples pode ser fundamental na série contra os poderosos norte-americanos.
"O Thomaz é nosso diferencial e a dupla pode ganhar de qualquer parceria do mundo. Teoricamente, vai ser difícil arrancar um ponto para eu, o Thiago ou o Rogerinho. Se acontecer, seria algo bastante motivador e que aumentaria as chances do Brasil no confronto", disse.
Thiago Alves está melhor no ranking mundial do que Feijão, já que ocupa o 130º lugar, mas ainda não atuou na gestão de João Zwetsch - ele jogou a Davis pela única vez em 2008, com Chico Costa. Frustrado por não ter sido chamado para os duelos disputados em São José do Rio Preto, sua cidade natal, em 2012, o tenista está cauteloso.
"Acredito que me adapto bem às características do próximo confronto. Sabemos que nós três temos chance de jogar, porém essa rivalidade não influencia em nada. Todos estão com muita vontade de defender o Brasil, mas temos que pensar na nossa semana em São Paulo e a convocação fica a critério do João", declarou.