Pouco otimista com Copa Davis, Guga critica falta de investimento na base
Nesta quinta-feira, o ex-tenista Gustavo Kuerten esteve em Curitiba para participar de eventos. Primeiro, visitou a escolinha que possui na capital paranaense e recebeu um carinho imenso das crianças; mais tarde, lançou um relógio com a marca própria, que conta com a imagem do coração que ele desenhou no saibro da quadra central de Roland Garros, quando conquistou pela terceira vez o Grand Slam (2001).
Questionado sobre o principal momento da carreira, Guga não titubeou: “com certeza foi esse (do desenho)”, disse. “Foi uma partida sofrida na semifinal (contra Juan Carlos Ferrero), nada estava dando certo, e de repente as coisas começaram a acontecer, tanto pela minha dedicação quanto pela energia dos fãs. Foi um ato emocional, puro impulso. Na final, quando venci (Álex Corretja), decidi repetir”, afirmou o ex-número 1 do mundo.
Embora tenha sido um atleta vitorioso, Guga não teve um substituto até hoje no Brasil - fato que ele lamenta, mas que prometeu fazer o possível reverter. “Eu tenho o costume de ver as coisas pelo lado otimista. Se as coisas estivessem boas eu talvez, não teria lançado esse projeto das escolinhas”, analisou, se referindo as nove sedes que possui.
No entanto, o ex-atleta lamentou que o Brasil esteja sem um atleta top. “Fica uma pressão muito grande por ser um ‘novo Guga’. Tem que esquecer isso, e obviamente investir na base. Aqui temos a mentalidade de pensar apenas no profissional, mas sem investimento na base não vamos formar novos tenistas”, criticou.
Sobre o atual momento do tênis brasileiro, Guga não demonstrou muito otimismo para a disputa da Copa David, neste final de semana, contra a Alemanha. “Somos a zebra. Os jogadores vão ter que fazer chover”, apostou.