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Tênis

Família de Djokovic protesta contra a retenção do tenista

Pais do número 1 do mundo discursam em manifestação, na Sérvia, às vésperas de audiência judicial

9 jan 2022 - 21h24
(atualizado às 21h58)
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Familiares de Novak Djokovic participaram de um protesto neste domingo, dia 9, contra a retenção do tenista, em Melbourne, na Austrália. A manifestação aconteceu em Belgrado, capital da Sérvia, país-natal do número 1 do mundo. O atleta aguarda a audiência judicial, nesta segunda-feira, que definirá se ele vai poder participar do Aberto da Austrália após ser barrado no aeroporto por não comprovar a vacinação contra a covid.    

"Hoje é um grande dia. Hoje, o mundo inteiro ouvirá a verdade", disse Dijana Djokovic, mãe do sérvio, à multidão no centro de Belgrado. "Esperamos que Novak se mostre um homem livre. Enviamos muito amor a Novak. Acreditamos nele, mas também no judiciário independente em Melbourne", disse.

A mãe de Djokovic afirmou, ainda, que as condições nas quais o tenista se encontra não são "humanas". Ele está em um hotel especial, reservado para refugiados, e permanecerá no local até a resolução do caso na Corte australiana.

"Ele nem toma café da manhã", disse Dijana. "Ele tem uma parede para olhar e não consegue nem ver um parque em frente ou sair da sala."

Família de Djokovic protesta contra a retenção do tenista na Austrália
Família de Djokovic protesta contra a retenção do tenista na Austrália
Foto: Reuters

"Isso está acontecendo porque somos apenas uma pequena parte do mundo, mas somos pessoas orgulhosas", disse Srdjan Djokovic, pai do atleta. "Eles não podem nos quebrar. Novak é a personificação da liberdade, tudo o que um homem contém em si mesmo. Que vergonha!"

Djokovic chegou ao país na última quarta-feira, mas acabou barrado ao apresentar um atestado de isenção de vacina, que não foi reconhecido como válido pelas autoridades. Ele chegou a receber um atestado do governo estadual de Victoria e da organização do Aberto da Austrália, após fornecer informações de exames feitos com painéis médicos independentes. Assim, conseguiu a aprovação do visto, mais tarde revogada pelas autoridades federais.

O Governo australiano aceita receber pessoas não vacinadas quando comprovada a isenção médica. As exceções incluem pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou aquelas que apresentaram reação grave na primeira dose. Já o argumento da contaminação recente tem gerado debate e será avaliado pela Justiça.

Caso não consiga reverter o cancelamento do visto, pode ficar proibido de entrar no país por até três anos.

Estadão
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