Federer e Nadal reveem algozes de Grand Slams em Londres
Esperados reencontros marcarão a primeira fase da próxima Masters Cup. Rebatizado nesta temporada para ATP Finals, o torneio reuniu em um grupo Roger Federer e Juan Martín del Potro, que decidiram o último Aberto dos EUA, e em outro Rafael Nadal e Robin Soderling, que se enfrentaram em Roland Garros. Os jogos entre os rivais serão os primeiros desde os torneios citados.
Em agosto, Del Potro impediu o hexa de Federer em Nova York e desde então sofreu com uma contusão no punho que o limitou a duas vitórias e a três derrotas nas demais competições disputadas.
Apesar daquela derrota, o suíço segue favorito em se considerando o confronto direto: foram seis resultados positivos nas outras partidas, incluindo três em quadras sintéticas e cobertas, semelhantes às de Londres, que abriga a Copa do Mundo do tênis a partir do próximo domingo.
Situação parecida viverá Nadal. Embora tenha batido Soderling em três dos quatro embates já realizados, o espanhol caiu justamente naquele mais marcante - foi no fim de maio, quando o sueco impôs ao jovem a primeira derrota de sua carreira no Aberto da França.
A partida ainda promete ser interessante porque ambos são desafetos declarados, sendo que em Wimbledon 2007 o escandinavo chegou a provocar o oponente imitando seus gestos característicos antes do início de um ponto.
Pelo Grupo A do ATP Finals, Federer não tentará dar o troco apenas para cima de Del Potro. O suíço pegará o seu segundo maior algoz dos tenistas que estão em atividade: Andy Murray.
Jogando com o apoio da torcida, o escocês buscará o sétimo êxito sobre o número um do mundo - até aqui conheceu três reveses, o último em agosto, em Cincinnati. Em 2008, ambos também se pegaram na Masters Cup, e uma derrota provocou a primeira queda na primeira fase do helvético na história da competição.
Caso bata os dois difíceis oponentes e também o espanhol Fernando Verdasco, o azarão da chave, Federer garantirá ainda a liderança do ranking de entradas. Se perder um dos compromissos, o homem da Basileia precisará chegar ao menos à decisão para evitar o avanço de Nadal.
Ainda sonhando com a ponta, o espanhol precisa, porém, do título inédito. Soderling à parte, o Rei do Saibro pode minimizar os dois fracassos conhecidos ante Novak Djokovic, que, por exemplo, aplicou fáceis 6/2 e 6/3 nas semifinais do Masters 1000 de Paris, na semana passada. Em todo caso, o histórico ainda é muito bom para o ibérico, que superou o balcânico em 14 de 20 jogos.
Para fechar o Grupo B, Nadal ainda terá pela frente Nikolay Davydenko, contra quem ostenta vantagem de 4 a 3 no confronto direto. No último jogo, realizado há um mês, o russo ganhou por 7/6 (7-3) e 6/3 na final do Masters 1000 de Xangai.