ATP alega não poder reabrir caso de doping de Agassi
Aposentado desde 2006, Andre Agassi não terá de responder novamente sobre o doping. O jogador, que havia sido absolvido pela ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) em 1997, admitiu em sua recente autobiografia que realmente utilizou metanfetaminas, mas não será julgado por isso.
Assim, as revelações feitas por Agassi no livro - admitiu ter mentido à ATP sobre a utilização dessa substância proibida para escapar de uma punição, o que realmente acabou acontecendo - não terão consequências. Essa posição vai de encontro à defendida pela Agência Mundial AntiDoping (WADA), que havia solicitado uma nova investigação do caso.
"Houve muita especulação, mas não podemos reabrir o caso porque ele não está mais no circuito", informou o chefe-executivo da entidade do tênis, Adam Helfant. "Solicitei a uma empresa de advocacia independente para verificar os arquivos de 97, portanto tive acesso a todos os fatos. Andre Agassi admitiu ter sido pego num teste antidoping, mas infelizmente mentiu sobre isso e não foi sancionado".
De acordo com as regras da época, a ATP não tinha direito de tornar o caso público e por isso manteve segredo, argumentou o dirigente. Ele revelou haver tido uma conversa bastante franca com o ex-tenista após a publicação da autobiografia. "Porém isso ficará somente entre nós", emendou, negando-se a revelar o tom do diálogo.