Nadal dá show e pega russo para tentar quebrar jejum
Viktor Troicki até começou bem a semifinal do ATP 250 de Doha: tinha 1/0 e sonhava com uma quebra já que abriu 0-30 no saque de Rafael Nadal. A partir daí, o que se viu foi um verdadeiro passeio do espanhol, que marcou 11 games seguidos até vencer por 6/1 e 6/3 e garantir um lugar na final. O resultado o credencia a disputar o título contra o russo Nikolay Davydenko, que venceu o número um mundial, Roger Federer, por duplo 6/4.
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Quase impecável, Nadal precisou de apenas uma hora e seis minutos para massacrar Troicki, que aos 23 anos até apresenta um currículo respeitável no circuito profissional: soma dois vice-campeonatos, é o número 29 do mundo e foi o 24 em setembro passado.
Nos dois confrontos anteriores com o espanhol, ambos realizados em Grand Slams, o sérvio não havia roubado sets, mas também não passara vexames, perdendo parciais por 7/6 (7-3), 7/5 e 6/4, por exemplo.
Tudo foi diferente, portanto, no Catar, onde Nadal provou mais uma vez ter deixado para trás a história discreta escrita por ele desde que lesionou ambos os joelhos, em 2009. Seu único deslize foi uma quebra de saque levada no momento em que servia para fechar o marcador por duplo 6/1.
Recuperado apenas em agosto, ele enfrentou nove tenistas integrantes do top 10 a partir daí, perdendo em oito ocasiões. Neste sábado, terá pela frente mais um destaque do ranking: Davydenko.
Quando entrar em quadra na final, Nadal buscará encerrar um incômodo jejum de títulos. Ainda que tenha faturado o torneio de exibição de Abu Dhabi no sábado passado, na ATP ele triunfou pela última vez somente em 3 de maio de 2009, quando bateu Novak Djokovic no Masters 1000 de Roma.
Se quebrar o tabu, diminuirá a vantagem de Federer na ponta da lista de entradas para no mínimo 1.200 pontos - hoje é de 1.345 - e abrirá 1.100 para Novak Djokovic. O sérvio pode dar um salto quando o espanhol for obrigado a defender 2.000 tentos referentes ao título do Aberto da Austrália, a partir de 18 de janeiro.