Ninny Valentini retorna aos treinos após cirurgia e retoma parceria de sucesso com Gasparri
Foram sete de meses de drama entre as dores no ombro, opção pela cirurgia, fisioterapia até o retorno aos treinamentos
Foram sete de meses de drama entre as dores no ombro, opção pela cirurgia, fisioterapia até o último dia 3 de janeiro onde marcou seu retorno aos treinamentos que simbolizam o renascimento da bicampeã mundial e ex-número 1 do mundo, a italiana de origem finlandesa Ninny Valentini.
A beachtenista sofreu dois anos com as dores no ombro e o ponto de virada para decidir pela cirurgia foi a derrota nas quartas de final do Campeonato Mundial em Cesenatico, na Itália, no fim de maio.
"Eu não queria fazer a cirurgia no começo. Eu já sabia que um dia eu teria que fazer, esperei até o último segundo. Posterguei o momento dessa cirurgia até quando realmente não tinha mais condições de jogar. Quando cheguei no meu limite, encontrei a coragem de operar após dois anos convivendo com essa lesão e todas as dores físicas que me trouxe", conta.
"Tive altos e baixos nesse processo. Alguns super altos, outros muito baixos. Por muitas vezes, pensei "Por quê isso aconteceu comigo?" "Será que vou voltar a fazer aquilo que amo?" e sofri bastante", lembra.
A cirurgia aconteceu em setembro: "Um momento que lembro com muito carinho foi quando saí da sala de cirurgia. Estava tão feliz em ver a Giulia e a minha família novamente que não me importava de ficar um mês com a tipoia ou da fisioterapia desafiadora que teria que fazer depois . Estava feliz por voltar para casa. A fisioterapia foi dolorosa porque o braço no começo parece bloqueado e o fisioterapeuta tinha que forçar , mas enfrentei tudo isso focando nas pequenas melhorias após cada sessão", conta.
"Olhando para trás, me sinto orgulhosa de ter enfrentado isso com dedicação e coragem e agora penso "quanto foi longo e difícil, mas o tempo passa e aqui estou novamente".
Ela fez seus primeiros movimentos em uma quadra de Beach Tennis na última semana e ainda caminha de forma cautelosa até o retorno oficial ao circuito ao lado da fiel escudeira Giulia Gasparri, pentacampeã mundial.
"O primeiro mês será dedicado a observar como meu ombro reage a cada sessão aumentando o ritmo e adicionando gradualmente mais golpes a um ritmo mais elevado".
"Smash e saques ainda não estou fazendo, tentei fazer, mas ainda não me sinto pronta nos golpes de cima, preciso fortalecer um pouco mais o ombro. Agora estou focando nos golpes de baixo. O ombro se cansa muito facilmente, e os músculos entram em modo de proteção. Por isso, estou fazendo massagens para manter o ombro o mais livre possível."
Existia uma possibilidade da atleta marcar seu retorno no BT 200 de Matinhos (PR), no começo de fevereiro, mas a hipótese no momento é baixa: "A ideia era jogar em Matinhos em fevereiro, mas precisamos ver quando estarei fisicamente pronta para jogar a 100% e quando me sentir segura mentalmente."
Enquanto o retorno oficial não acontece, a atleta é aguardada por Gasparri. As duas venceram 21 títulos juntas entre 2021 até maio de 2023.
"Giulia não jogará. Ela espera meu retorno. Nós treinaremos juntas para reconstruir todas as dinâmicas de dupla e tudo o que for necessário para estar prontas para os primeiros torneios que disputaremos juntas."