Tite esconde escalação da Seleção antes da estreia e diz que quebrou paradigma
Tendência é que Brasil enfrente a Sérvia com Vini Júnior entre os titulares
Prestes a iniciar a sua 2ª Copa do Mundo como treinador da Seleção Brasileira, Tite não quis confirmar o time titular que entra em campo nesta quinta-feira, 24, às 16h para enfrentar a Sérvia no Catar.
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"Não vou revelar o time, por uma questão própria e também para não dar margem do adversário saber se joga com um ou não, as variações que temos", declarou durante entrevista coletiva em Doha.
A tendência é que Vini Júnior comece jogando. Com isso, Casemiro deve ser o único volante de origem. Nesse sistema, Lucas Paquetá é recuado e ajuda o jogador do Manchester United na saída de bola.
Durante conversa com os jornalistas, Tite ainda elogiou os jovens da Seleção: "Os atletas se escolheram, principalmente da frente, tudo que eles fizeram no último ano. Eu acredito que o ponto de equílibrio está no meio de campo".
O treinador é o primeiro a receber uma segunda oportunidade de comandar a Seleção em duas Copas do Mundo seguidas após não vencer a edição anterior. Tite afirmou que isso dá mais confiança.
"É uma quebra de paradigma, que me dá paz de fazer um trabalho com começo, meio e fim, e uma chance maior de sucesso porque todo o meu processo foi assim. Eu talvez fui privilegiado, outros nomes poderiam estar aqui", declarou.
O técnico ainda reconheceu que o frio na barriga no Catar é menor do que na Rússia: "O apprendizado pode ser teórico, mas é fundamentalmente prático. Estou um pouco mais leve, mais Adenor", disse aos risos.
Tite mostra versão leve
Na coletiva, Tite estava leve, sorridente e bem-humorado. O técnico se mostrou irreverente em vários momentos. Primeiro, brincou com Thiago Silva por confirmar a escalação de Neymar e detalhar o posicionamento do camisa 10.
Na sequência, questionado por um jornalista espanhol sobre o peso de 20 anos sem conquistas em Copas do Mundo, tratou de dizer que só carrega culpa por quatro anos de jejum. "Calma, não vem jogar toda essa responsabilidade para mim (risos). É uma história muito linda, traz pressão, mas daquilo que tudo que o País vive, o futebol está na rua, é uma ferramenta de educação. A gente sonha em fazer uma grande Copa, em fazer o seu melhor. Se não for campeão, que façamos o nosso melhor", declarou. "Pressão é inevitável", completou.
Ao final da entrevista oficial, Tite ainda bateu um papo informal com os jornalistas e afirmou que o frio na barriga no Catar é menor do que o na Rússia há quatro anos.
Derrota argentina
A derrota da Argentina para a Arábia Saudita também acendeu o sinal de alerta em Tite. "Serve como análise e reflexão. Não tem grande, facilidade maior ou menor, não tem grife, tem orgulho de cada país em fazer o seu melhor."