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Triatleta Luisa Baptista completa três meses de luta pela vida após acidente

Ela foi atropelada por um motociclista, que dirigia sem habilitação em São Carlos (SP). Até o momento, não houveram indiciados

22 mar 2024 - 17h21
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Triatleta Luisa Baptista
Triatleta Luisa Baptista
Foto: Reprodução/ Instagram / Perfil Brasil

Nesta sexta-feira (22) faz exatos 90 dias do acidente que alterou a vida de Luisa Baptista, triatleta, e de toda sua família. Os últimos 9três meses são símbolos de uma recuperação e evolução de Luisa, que é medalhista de ouro do Pan 2019.

No dia 23 de dezembro de 2023, ela foi atropelada por um motociclista, que dirigia sem habilitação na Estrada Municipal Abel Terrugi, em São Carlos (SP). Ela havia saído para pedalar com outros ciclistas, quando foi atingida e ficou gravemente ferida. Desde esse dia, a triatleta passou por sete cirurgias, ficou em coma e segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.

A Polícia Civil investiga o caso como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. A investigação já dura mais de 70 dias e até o momento não houve ninguém indiciado.

ECMO, o pulmão artificial no tratamento

Inicialmente, Luisa foi internada na Santa Casa de São Carlos. Durante o processo de recuperação, ela foi submetida à Oxigenação por Membrana Extracorpórea Pulmonar (ECMO), uma técnica de suporte vital, utilizada em pacientes que apresentam alguma insuficiência respiratória grave e não respondem adequadamente a outros tratamentos.

Ludhmila Abrahão Hajjar é médica e ficou sabendo do caso de Luisa através da imprensa. Ela então entrou em contato com a família para poder ajudar. "Nós entendemos que a única saída naquele momento seria colocar o pulmão artificial, que é a ECMO e tentar transportá-la para um centro que tem uma medicina de maior complexidade que é, indiscutivelmente, o Hospital das Clínicas na cidade de São Paulo que é referência para o Brasil todo no tratamento de paciente vítima de trauma", disse em entrevista para a Globo.

Este procedimento funciona a partir da circulação do sangue do paciente através de um circuito artificial, montado fora do corpo, que inclui uma bomba que movimenta o sangue e um oxigenador que realiza a troca de gases. O sangue volta oxigenado ao corpo, o que ajuda a manter níveis adequados de oxigênio no organismo, mesmo enquanto os pulmões estão comprometidos e inviabilizados de realizar esta função.

Luisa se preparava para os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, porém o acidente a impossibilitou de seguir em frente. No momento, ela pensa em competir no Pan-Americano de 2027. "Eu tenho certeza que nós vamos conseguir. Ela é muito forte, ela sairá muito fortalecida de tudo isso que aconteceu", disse Ludhmila.

Luisa agradece torcida no hospital

Em sua primeira entrevista após a tragédia, Luisa agradeceu à torcida pela sua recuperação. Segundo informações passadas pelos médicos à família, há chances da triatleta ter alta ainda na próxima semana.

"Quero agradecer todo mundo que ficou na torcida. Muito obrigada a todos vocês. Obrigada pela torcida, pelas orações e por quem está acompanhando, um beijo", disse Luisa. Ela está confiante em sua recuperação total. "Sonhou que estava pedalando, que estava pulando da cama e que o Vitor (irmão) era o único que tinha juízo e que não queria que ela saísse da cama", lembrou a mãe Jaqueline Baptista Duarte.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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