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Tumulto em estádio da Guiné deixa 56 mortos após decisão controversa da arbitragem

Caso ocorreu durante a final de um torneio em homenagem ao líder militar Mamady Doumbouya

2 dez 2024 - 08h12
(atualizado às 09h21)
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Tumulto em estádio da Guiné deixa 56 mortos após insatisfação com arbitragem:

Uma decisão controversa da arbitragem provocou violência e um massacre em uma partida de futebol no sudeste da Guiné, matando 56 pessoas, de acordo com um balanço provisório, informou o governo na segunda-feira.

As mortes ocorreram durante a final de um torneio em homenagem ao líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, em um estádio em Nzerekore, uma das maiores cidades do país.

Alguns torcedores atiraram pedras, provocando pânico e confusão, segundo a declaração do governo, que prometeu uma investigação.

Um vídeo autenticado pela Reuters mostrou dezenas de pessoas pulando muros altos para escapar.

Falando sob condição de anonimato, uma autoridade da administração municipal disse que muitas vítimas eram menores de idade, apanhadas no tumulto depois que a polícia começou a disparar gás lacrimogêneo. A autoridade descreveu cenas de confusão e caos, com alguns pais recuperando os corpos antes que eles fossem oficialmente contados.

Mortes ocorreram durante a final de um torneio em homenagem ao líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, em um estádio em Nzerekore, uma das maiores cidades do país
Mortes ocorreram durante a final de um torneio em homenagem ao líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, em um estádio em Nzerekore, uma das maiores cidades do país
Foto: Reuters

Vídeos e fotos compartilhados online mostraram vítimas enfileiradas no chão. Em um vídeo, mais de uma dúzia de corpos podiam ser vistos, vários deles crianças.

A Reuters não conseguiu verificar imediatamente essa filmagem.

O grupo de oposição Aliança Nacional para Mudança e Democracia disse que as autoridades realizam torneios para reforçar o apoio político a Doumbouya, em contravenção a uma carta de transição antes de uma prometida eleição presidencial.

Não houve resposta imediata da junta militar a essa acusação.

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