777 rebate decisão judicial que a tirou do controle do Vasco: 'aberração jurídica'
Empresa se manifesta em nota após decisão e coletiva de Pedrinho e vê futuro do Vasco e da lei da SAF no Brasil em xeque
Em meio à péssimas notícias sobre seus clubes mundo afora, a 777 Partners, através de nota, rebateu veementemente a decisão judicial que o tirou do controle da SAF do Vasco.
Segundo a nota, a empresa recebeu com "surpresa e indignação" a decisão de caráter provisório, considerando-a uma "aberração jurídica". Ela lamenta a liminar e afirma que tal escolha coloca em xeque "não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas o sistema do futebol brasileiro como um todo".
"A liminar, proferida durante a noite em um caso no qual não tivemos acesso aos autos para responder legitimamente, é uma aberração jurídica e coloca em xeque não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas o sistema do futebol brasileiro como um todo. Somos investidores internacionais, confiamos no Brasil e na Lei da SAF, projeto criado para permitir a recuperação de grandes clubes por meio de injeção de capital e gestão profissional", diz parte da nota.
Ainda de acordo com a nota, a 777 acredita ter cumprido com todas as cláusulas contratuais com o Vasco e ataca o presidente do clube, Pedrinho, afirmando que o mandatário "nunca se dispôs a discutir soluções":
"Lamentamos profundamente a posição belicosa e intransigente dos novos dirigentes do CRVG, em especial de seu presidente, que nunca se dispôs a discutir soluções para o Vasco no foro adequado, as reuniões do Conselho de Administração da SAF".
Leia a nota na íntegra
"A 777 Partners recebeu com surpresa e indignação, por meio dos veículos de comunicação, a decisão, em caráter provisório, de afastar a empresa do comando do Vasco SAF.
A liminar, proferida durante a noite em um caso no qual não tivemos acesso aos autos para responder legitimamente, é uma aberração jurídica e coloca em xeque não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas o sistema do futebol brasileiro como um todo. Somos investidores internacionais, confiamos no Brasil e na Lei da SAF, projeto criado para permitir a recuperação de grandes clubes por meio de injeção de capital e gestão profissional.
Desde a aquisição de 70% das ações da Vasco SAF, não deixamos de cumprir uma única cláusula contratual com o CRVG, injetamos mais de R$310 milhões no caixa, aporte essencial para iniciar um projeto de reconstrução do clube. Formamos um novo Vasco, onde os salários de atletas e funcionários são pagos em dia, credores são respeitados e dívidas são quitadas, fatos raros no futebol brasileiro.
O trabalho de reconstrução é agora suspenso por uma decisão monocrática, sem nenhum embasamento legal e motivada pelos desejos egoístas da nova administração. O episódio, ainda que em caráter liminar, certamente trará efeitos negativos para o time de futebol.
A insegurança jurídica provocada pelo fato ameaça também o futuro do futebol brasileiro. Não há dúvidas de que trará consequências desastrosas para a Lei da SAF. A pergunta que fica é: que empresa terá coragem para investir milhões de dólares em uma SAF com o risco de perder o poder de comando do dia para a noite em uma canetada, sem ter cometido uma única infração contratual?
Lamentamos profundamente a posição belicosa e intransigente dos novos dirigentes do CRVG, em especial de seu presidente, que nunca se dispôs a discutir soluções para o Vasco no foro adequado, as reuniões do Conselho de Administração da SAF.
Enquanto fomos atacados publicamente pelos novos representantes da associação, seguimos trabalhando diuturnamente pelo Vasco e honrando todas as nossas obrigações. Há uma semana, por exemplo, anunciamos o maior contrato de patrocínio da história centenária do clube.
Queremos reafirmar nosso compromisso com o Vasco e sua enorme torcida, logo que as condições para que o processo de reconstrução do clube sejam restabelecidas, com a reversão da decisão.
Reiteramos nossa confiança na Justiça e nas leis do Brasil e temos absoluta certeza de que a absurda liminar será derrubada quando a 777 Partners for notificada e puder apresentar a defesa no processo."
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