MP pede investigação de possíveis crimes na votação da venda da SAF do Vasco à 777 Partners
Promotoria entende que há evidências de que os delitos podem ter sido praticados por algumas pessoas, sem a necessidade de envolvimento do clube
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu investigação de possíveis crimes na votação que resultou na venda de 70% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco à 777 Partners. No último domingo, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), os sócios aprovaram, com 79% dos votos, a transferência do comando do departamento de futebol à empresa estadunidense.
O MP encaminhou, à 17ª Delegacia de Polícia Civil, o pedido de investigação. De acordo com a promotora Luciana Rocha de Araújo Benisti, há "fortes evidências" do que chamou, entre aspas, de "manobra para modular o quadro de sócios aptos a votar com o objetivo de garantir a aprovação".
Tal crime teria sido praticado, de acordo com o documento do MP, por algumas pessoas. Sem necessariamente a participação do clube. De todo modo, o Cruz-Maltino se manifestou.
- O Club de Regatas Vasco da Gama já prestou informações iniciais ao MPRJ sobre as alegações feitas em juízo por três sócios. O Vasco encaminhou documentos e se colocou à inteira disposição do MPRJ para contribuir com o que for necessário para a apuração da denúncia. - publicou à imprensa.
O inquérito a ser aberto tem prazo inicial de 120 dias. Enquanto isso, o clube e a 777 estão no processo de constituição da SAF. Em seguida, haverá a transferência de comando. Paulo Bracks e Luiz Mello já foram contratados pela nova empresa.