Vasco ganha mais argumentos na disputa pela administração do Maracanã
LANCE! checa se cláusulas do termo estão sendo cumpridas por todas as partes
Dentro das inúmeras ações compartilhadas que o Governo do Estado e Fla-Flu tem na gestão do Complexo Maracanã, a questão da limpeza e conservação não tem sido cumprida. Com isso, o Vasco ganha mais um argumento na disputa pela administração do estádio. As diversas reclamações quanto ao tema não são feitas só pelos vascaínos.
Com exclusividade, o LANCE! teve acesso ao contrato (Termo de Permissão de Uso em Caráter Precário) e checou se as partes estão cumprindo com o que foi assinado. O documento tem validade até o dia 28 de abril.
A oitava cláusula do termo diz que o permissionário (Flamengo e Fluminense) assumirão integral responsabilidade da manutenção do Maracanã, a fim de manter o estádio em perfeito estado de conservação e funcionamento. De fato, o maior palco do futebol mundial está apto para uso. No entanto, as condições não são as melhores.
- Rapaz, parece que o chão do Maracanã tá puxando a nossa perna. Uma limpeza não cairia nada mal - disse um torcedor nas redes sociais.
Aí, namoral? O Maracanã tá PODRE! hahahahahaha
Caralho o tênis quase fica de tanto grudado. Tá feioso já hahahahhaah pic.twitter.com/6GbhRnpAda
— Lucas Maia (@Lukaix_) March 18, 2023
Estão de parabéns o governador @claudiocastroRJ e o consórcio @maracana pela conservação do estádio.
Trabalho super bem feito pic.twitter.com/tNUZ9rsM7X
— Vitor Roma (@VitorRoma2021) March 19, 2023
Outro fator que chama a atenção no contrato é a finalidade do local. Flamengo e Fluminense priorizam os jogos de futebol. Mas no documento diz que eventos de entretenimento também podem ser promovidos no Maracanã.
Recentemente, o governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que prefere que clubes de futebol administrem o estádio ao invés de empresas. A autoridade também declarou que "a vocação do maior do mundo é para o futebol". Só que não é o que consta no termo.
RELEMBRE A POLÊMICA
O Vasco quer a administração do Maracanã. O Cruz-Maltino tem como parceiros as empresas WTorre e a Legends. Em outubro do ano passado, o processo de concessão foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio após irregularidades serem encontradas no edital.
Com o prazo da gestão de Flamengo e Fluminense chegando ao fim, o Governo do Rio renovou por seis meses a permissão provisória. Desde então, a tensão e o desgaste entre Vasco, o Governador e a dupla Fla-Flu só cresce.