Vasco repudia racismo com Léo no Atletiba e presta apoio
Clube carioca exige punição ao torcedor do Coritiba
O Vasco se manifestou sobre o racismo sofrido pelo zagueiro Léo, do Athletico-PR, no clássico contra o Coritiba, neste sábado (25), no Couto Pereira, pelo Campeonato Paranaense. O Cruz-Maltino repudiou o ato e prestou apoio ao ex-jogador do clube, além de exigir punição ao torcedor do Coxa responsável pela injúria racial.
"O Vasco da Gama manifesta seu total repúdio aos atos de racismo dirigidos ao atleta Léo. Em 126 anos de história, lutamos contra o racismo e elitismo. Reafirmamos, portanto, que não há espaço para preconceito no esporte ou na sociedade. Exigimos a identificação e punição dos responsáveis por esses atos. Seguiremos firmes na defesa da igualdade, da justiça e da dignidade humana", disse.
Léo foi negociado pelo Vasco por US$ 2 milhões de dólares (cerca de R$ 12,3 milhões). O zagueiro assinou contrato com o Athletico-PR até o fim de 2028. Assim, o Cruz-Maltino recuperou parte do valor investido na contratação, que custou US$ 3 milhões de dólares (R$ 16 milhões) em 2022. Ao todo, ele disputou 95 jogos com a camisa vascaína.
Entenda o caso
O clássico entre Coritiba e Athletico-PR terminou com cenas lamentáveis dentro e fora de campo. O Atletiba terminou empatado sem gols, mas com muita polêmica e clima quente entre os jogadores. Assim, foi uma partida muito física e ruim tecnicamente, sobrando hostilidade. Léo foi expulso aos 32 minutos do primeiro tempo após uma confusão dentro, sendo alvo de racismo na saída de campo.
"Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu preto, macaco do c***. Olha para cá, seu macaco", disse um torcedor do Coritiba que se gravou cometendo racismo contra o jogador do Athletico-PR.
Léo foi até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), no Couto Pereira, para realizar o Boletim de Ocorrência, ao lado de um segurança do Athletico. No entanto, não havia ninguém no local. Dessa forma, o zagueiro deve registrar o B.O. nesta segunda-feira (27).
O Coritiba repudiou o episódio e anunciou que também buscará o criminoso. A Federação Paranaense e o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), seguiram o discurso na mesma linha.
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