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Vôlei

AGU pede o banimento de Wallace do esporte olímpico após polêmica com Lula

O atleta abriu uma "caixa de perguntas" aos seguidores e um deles perguntou se ele daria um tiro no rosto do atual presidente

1 fev 2023 - 17h33
(atualizado às 18h00)
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Wallace do vôlei pede desculpas após post sobre tiro em Lula: "Jamais incitaria a violência":

Nesta quarta-feira, 1º, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) representações em desfavor de Wallace, jogador de vôlei que promoveu uma enquete perguntando se alguém daria um "tiro na cara" do presidente Lula.

O órgão aponta a violação ao artigo 243-D (incitação pública ao ódio ou a violência) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e aos artigos 8º e 34 do Código de Conduta Ética do COB, ou seja, uso indevido de expressões discriminatórias e incitação a práticas de ato de violência por meio de redes sociais, respectivamente.

A AGU solicita a instauração de processo disciplinar contra o atleta e a aplicação das penalidades máximas previstas em ambos os códigos: multa no valor de R$ 100 mil e banimento do esporte olímpico.

Além disso, a instituição argumenta que Wallace fez uma incitação ao crime e que a manifestação de ódio realizada pelo jogador em sua rede social não está protegida pelo direito à liberdade de expressão.

A AGU apresentou também outra representação em desfavor de Wallace à CBV. O órgão alega que o oposto infringiu o artigo 43 do Código de Ética e Disciplina da entidade, que estabelece como dever dos atletas "rejeitar com energia" manifestação violenta oriunda de preferência política, tanto no âmbito esportivo como fora dele.

A Advocacia-Geral requer a aplicação das penalidades máximas previstas nas normas de regência: adoção de censura escrita, multa e suspensão.

Wallace, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciou a polêmica ao postar por meio do Instagram sua presença em um clube de tiro na última segunda. O atleta abriu uma "caixa de perguntas" aos seguidores e um deles perguntou se ele daria um tiro no rosto do atual presidente.

Storie de Wallace com a enquete sobre "tiro na cara de Lula" (Foto: Reprodução)
Storie de Wallace com a enquete sobre "tiro na cara de Lula" (Foto: Reprodução)
Foto: Gazeta Esportiva

Como resposta, Wallace promoveu uma enquete na rede social, perguntando se seus seguidores tomariam essa atitude. Ele apagou o post algum tempo depois e gravou um pedido de desculpas. "Quem me conhece, sabe que eu jamais incitaria a violência contra qualquer pessoa, principalmente contra o nosso presidente", alegou.

Como consequência, a diretoria do Sada Cruzeiro informou, no início da noite desta terça-feira, que Wallace oi punido com afastamento e suspensão por tempo indeterminado.

O clube, aliás, já havia se manifestado anteriormente, ressaltando que "a violência nunca deve ser exaltada ou estimulada" e pedindo "sinceras desculpas a todos".

A Unimed-BH, patrocinadora do clube de vôlei, repudiou, em nota, a publicação feita por Wallace, se disse "veementemente contra qualquer incitação à violência e à intolerância" e que "está acompanhando atentamente os desdobramentos para avaliar possíveis medidas".

Foto: Divulgação/Sada Cruzeiro / Gazeta Esportiva

Já a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em nota, informou que o caso protagonizado por Wallace foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) "para que a procuradoria avalie possíveis infrações cometidas pelo atleta com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)".

Além dele, Ana Moser, atual Ministra do Esporte, afirmou em seu Twitter que, antes de ser atleta, "o jogador Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições".

Por fim, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) emitiu uma nota oficial, afirmando que encaminhou, por meio do Compliance Officer, uma representação ao Conselho de Ética da entidade contra o atleta. O Conselho é independente do Comitê e, portanto, "dará o devido andamento às etapas do processo".

O órgão ainda reitera que "classifica como inaceitável a postagem feita pelo jogador" e que "não há espaço para nenhuma conduta violenta ou de incitação à violência".

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