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Vôlei

Após quase 16 anos, Bernardinho deixa Seleção; Renan assume

11 jan 2017 - 16h42
(atualizado às 17h12)
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Na tarde desta quarta-feira, se encerrou um ciclo de quase 16 anos e incontáveis títulos no voleibol masculino. Em coletiva da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Bernardinho se despediu da Seleção Brasileira e o ponteiro da Geração de Prata de 1984, Renan Dal Zotto assumiu como novo treinador.

Bernardinho
Bernardinho
Foto: Alexandre Schneider / Getty Images

Desde a conquista da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Bernardinho já havia dado sinais de que deixaria de treinar a equipe brasileira de vôlei. Diretor de Seleções da CBV, Renan foi o nome escolhido para dar sequência ao trabalho de um dos maiores treinadores da história do esporte brasileiro.

Bernardinho marcou uma era na história do vôlei brasileiro. Como jogador, integrou a Geração de Prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Posteriormente, como técnico, levou a Seleção feminina a dois bronzes olímpicos, em Atlanta 1996 e Sydney 2000. Mas foi na Seleção masculina onde alcançou um novo patamar no esporte.

O cargo de treinador da Seleção masculina parece ter sido feito sob medida para Bernardinho. Assumindo em 2001, pouco antes da Liga Mundial daquele ano, em que se sairia campeão sobre a Itália, estreou em um amistoso contra a Noruega, em Portugal, como parte da preparação para a competição, que teria sua fase final realizada na Polônia.

Sob seu comando os brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro olímpicas (Atenas 2004 e Rio 2016), duas pratas (Pequim 2008 e Londres 2012), três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010).

Um dos motivos que pesaram na sua escolha de se desligar do cargo de técnico da Seleção masculina foi a ausência familiar. Em constantes viagens com o conjunto nacional, o treinador ficava distante de compromissos pessoais.

Também à frente do Rio de Janeiro, time atual campeão da Superliga feminina de vôlei, Bernardinho chegou a propor à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) que assumisse um cargo de bastidores na entidade, promovendo seu auxiliar Rubinho ao comando da Seleção masculina principal. Assim, ele poderia seguir respirando voleibol e morando em sua cidade. No entanto, a ideia foi negada pela alta cúpula do esporte.

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