Contra EUA, Brasil espera concentração para evitar "erros bobos"
- Emanuel Colombari
- Direto de São Bernardo do Campo (SP)
A Seleção Brasileira feminina de vôlei ainda não conseguiu, no Grand Prix 2012, um fato ao qual está habituada: uma vitória por 3 sets a 0. Depois de repetir o 3 sets a 2 contra três adversárias na primeira semana (Itália, Sérvia e Polônia), na Polônia, a equipe comandada por José Roberto Guimarães voltou a mostrar dificuldades na segunda semana, em São Bernardo do Campo (SP): depois de vencer a Alemanha por 3 sets a 1, de virada, voltou a bater as italianas por 3 a 2.
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Na primeira semana, o time poupou jogadoras. Na segunda, com a volta das titulares e jogando em casa, a equipe vem cometendo erros em sequência em fundamentos como saque, bloqueio e defesa. Após a segunda vitória contra as italianas, o técnico da Seleção mostrou compreensão com a falta de ritmo, mas espera duas evoluções: na concentração, a curto prazo para o jogo deste domingo contra os Estados Unidos, e no bloqueio, a médio prazo para a Olimpíada de Londres 2012.
"O importante é elas tomarem consciência de alguns erros, que são erros bobos e que podem ser corrigidos em uma mudança de posicionamento. Coisa de muito treinamento e que precisa ser melhorado ainda é o bloqueio. Acho que a gente está bloqueando pouco para o time que a gente tem. Acho que aí é diferente, precisa de tempo, de ritmo. A gente vai pegar um time amanhã (domingo) que joga mais veloz. A gente pegou um time que tem uma cadência de jogo, de bolas mais altas, um timing diferente. Amanhã é mais acelerado, é mais nosso estilo. Elas estão mais acostumadas. Porém, vejo o time dos Estados Unidos melhor arrumado. Vai ser um jogo difícil, temos que fazer nosso melhor", explicou neste sábado.
No jogo contra a Itália, ao longo dos cinco sets, o Brasil bloqueou 85 vezes e conquistou 19 pontos - Fabiana e Thaísa, com cinco pontos cada, lideraram a estatística na Seleção. No jogo da sexta-feira, contra a Alemanha, foram apenas 11 pontos de bloqueio ao longo dos quatro sets. E mesmo com a estatística favorável neste quesito, as jogadoras concordam: é preciso mais ritmo de jogo.
"Melhorar, temos que melhorar tudo. Elas (americanas) estão com mais ritmo que a gente. O time começou a jogar mesmo sexta-feira. Está esse entra e sai ainda, entra uma e sai outra, (a Seleção) não está completa. Mas a gente vai correndo pelas beiradas para tentar chegar bem. Para amanhã, a gente tem que sacar muito bem, para elas não terem o passe na mão", analisou a ponteira Mari, esperando complicar os passes dos Estados Unidos para facilitar no trabalho de bloquear.
"Evoluir é manter a concentração, vai ser o fator principal (contra os EUA). Quem errar menos vai ganhar. É difícil estar falando do que foi que errou, do que foi que acertou. Oscilou, claro que oscilou: momentos bons, momentos difíceis, momentos ruins, mas a gente está trabalhando nossa cabeça", acrescentou a ponteira Jaqueline.