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Vôlei

Homem-bomba que matou 50 no Afeganistão mirava policial

24 nov 2014 - 10h50
(atualizado às 11h10)
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Ataque a torneio de vôlei deixou mais de 60 feridos
Foto: AP

Um homem-bomba, com explosivos escondidos por baixo da roupa, entrou discretamente em um lotado ginásio de vôlei no leste do Afeganistão. Seu alvo: um comandante local da polícia. Minutos depois, uma devastadora explosão destruiu o local.

Pelo menos 50 pessoas morreram instantaneamente na noite de domingo após a detonação da bomba durante um popular jogo de vôlei em uma área remota da província afegã de Paktika.

Detalhes do ataque, o mais mortal no Afeganistão neste ano, não estavam inicialmente claros, mas, após dezenas de feridos terem sido levados para tratamento na capital Cabul, uma visão mais compreensiva emergiu na segunda-feira sobre os acontecimentos da noite anterior.

“Cerca de 500 pessoas se reuniram para assistir à partida. Um comandante local da polícia e seus homens também vieram uma hora depois”, disse o jogador de vôlei Ghazi Khan, de 19 anos, à Reuters em um hospital de Cabul, com suas pernas e barriga cheios de bandagens. “Pouco depois de terem chegado, o homem-bomba veio e detonou os explosivos presos a seu corpo. Ele (o comandante de polícia) era o alvo."

Outras testemunhas corroboraram a história. “O alvo do homem-bomba eram aquelas pessoas do governo e policiais locais que vieram assistir ao jogo”, disse Eid Mohammad, 28 anos, outro jogador ferido. 

O Talibã tem estado cada vez mais ativo neste ano, à medida que a maioria das tropas estrangeiras têm encerrado as operações de combate no Afeganistão após mais de uma década de guerra. O grupo rebelde tem feito frequentes ataques contra autoridades do governo, forças de segurança e alvos internacionais.

Mas atentados contra civis são raros, e o alto número de mortos no ataque de domingo surpreendeu muitos afegãos. Autoridades disseram que a maioria dos mortos eram espectadores que foram assistir à partida. 

O comandante local da polícia, Bawar Khan, também foi morto.

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