Jogando lesionada, Mari encara "Lei de Murphy" em busca de recuperação
- Emanuel Colombari
A ponteira Mari é uma das favoritas à convocação da Seleção Brasileira feminina de vôlei que disputará a Olimpíada de Londres, em julho. No entanto, sua confirmação ainda é uma incógnita em virtude de uma lesão: com dois ligamentos rompidos em seu polegar esquerdo, a camisa 7 corre contra o tempo para se recuperar a tempo de buscar o bicampeonato olímpico.
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No Grand Prix 2012, Mari disputou a primeira semana na Polônia como oposto. Na segunda semana, em São Bernardo do Campo (SP), voltou a ser ponta. Em suas apresentações, a proteção de neoprene preto no punho esquerdo está sempre ali, ajudando a diminuir as dores nos treinos e partidas. No entanto, Mari luta também contra a "Lei de Murphy", fator que tem atrasado ainda sua recuperação.
"Está doendo. Estou tomando bastante remédio para diminuir a dor, para poder jogar. Mas com esse neoprene, amortece bastante o impacto. Quando bloqueia é a hora que mais dói. É Lei de Murphy: pega só no dedo. Mas está tranquilo, com isso aqui dá para jogar", disse neste sábado, após a vitória por 3 sets a 2 contra a Itália no Ginásio Adib Moysés Adib.
Sujeita a uma complicação da lesão, Mari enfrenta com tranquilidade o problema, que não tem impedido que ela seguisse em quadra até aqui ¿ graças, é claro, às adaptações a seu estilo de jogo.
"Não consegui nem fazer o raio-x, não deu tempo ainda - para você ver a correria que a gente está", disse, "mais ou menos" ciente da gravidade da lesão. "Foram dois ligamentos que se romperam. Dá para jogar, não dá para dar toque ainda. Dá para me virar. Para dar manchete, é meio estranho, mas vou me virando. Por isso que não estou nem passando quando estou na ponta", explicou.