Márcia Fu diz que briga com cubanas em Olimpíada a fez parar na polícia
Ex-jogadora de vôlei conta como era os embates com as adversárias dentro e fora das quadras
A ex-jogadora de vôlei e ex-Fazenda Márcia Fu relembrou como eram os embates com as adversárias cubanas quando jogava pela Seleção Brasileira. De acordo com ela, durante o seu período nas quadras, as rivais eram um 'calo nos pés' do Brasil.
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Em entrevista ao Sala de TV do Terra, que foi ao ar nesta terça-feira, 30, Marcia foi questionada quem era mais difícil de encarar: os fazendeiros ou as cubanas? Sem rodeios, a ex-jogadora afirmou que eram os fazendeiros, mas aproveitou para explicar como era a dinâmica com as rivais.
"Elas tiravam a gente do sério e a gente brigava naquela rede. 'Sai daqui, sua putana'. Aquela confusão do inferno. Me desculpa, mas é verdade. Brasil e Cuba era aquela confusão", diz aos risos.
Apesar das diferenças, Márcia comenta que havia muito respeito. "Acabou ali (na quadra), acabou", diz. Ela revela que ainda possui amizade com uma das jogadoras cubanas, Mireya Luis.
"Tem o respeito, porque a gente jogava. É lógico que a gente brigava, porque elas queriam tirar a gente do sério e nós começamos a ganhar de Cuba. (...) Antigamente, só apanhávamos delas, não ganhávamos. Então, a partir do momento em que nós começamos a ameaçá-las dentro da quadra, ganhando, elas começaram a se distanciar da gente, porque até então a gente era muito amiga”, conta a ex-jogadora.
Marcia comparou as disputas entre Brasil e Cuba com a Copa do Mundo. "Toda vez, Brasil e Cuba, era aquela pancadaria, por isso todo mundo gostava tanto da gente porque quando a gente saia para jogar as pessoas falavam assim: ‘É hoje! É hoje que é Brasil e Cuba! É hoje que as nossas meninas vão botar pra quebrar a gente! A gente parecia como se fosse um futebol numa Copa do Mundo", comentou.
O Sala de TV vai ao ar às quartas-feiras, às 15h, ao vivo na home do Terra, no Youtube e nas redes sociais do Terra.
Olimpíada de 1996
Ainda no papo sobre vôlei, Márcia revela que na Olimpíada de 1996 até chegou a parar na polícia devido a confusão entre Brasil e Cuba. "A gente foi pra uma semifinal e não estava esperando que fosse contra Cuba, todo mundo estava esperando que a final iria ser Brasil e Cuba", relembra.
"Eu acho que aquele jogo, nós não jogamos bem. Não foi nosso melhor dia, vamos ser sinceros? Todo mundo tem um dia que não está bem, todo mundo tem um dia que era. (...) E, infelizmente, elas ganharam o jogo. A Mireya me deu uma bola no meio do peito e foi pra rede, gozar da minha cara!", conta Márcia.
De acordo com ela, após a provocação da rival, a jogadora brasileira Ana Moser a defendeu. Porém, ela resolveu ir pra cima. "Eu vim lá de trás, passei por debaixo da rede, fui falando com o dedo na cara dela, me jogaram a toalha e nosso físico me tirou lá por debaixo da rede. Aí, todo mundo: 'Deixa disso', separaram e tudo muito bem. Mas tudo isso só aconteceu por uma gozação da minha cara, que ela meteu a bolada na minha cara", conta.
"Mas o que o pessoal não sabe é que, depois daquilo, teve confusão no vestiário. Porque a gente foi no vestiário e aí a Torres pegou e deu uma pesada nas costas da Ana Paula e ela 'ploft' pra frente, aí começou a pancadaria de novo", revela Márcia Fu. "Teve puxão de cabelo, empurra-empurra, teve joelhada, teve tudo que você imaginar. Até parar na polícia, eu paro, mas eu não deixei barato".