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Superliga Masculina

Murilo nega substância ilícita e se diz surpreso com doping

16 mai 2017 - 12h40
(atualizado às 13h18)
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Foto: Luciano Claudino/Código19 / Gazeta Press

Flagrado em exame antidoping, Murilo Endres concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira para esclarecer o ocorrido do último dia 10 de abril. Na sede do Sesi-SP, clube pelo qual atua, o ponteiro de 36 anos alegou que não utilizou nenhuma substância ilícita para melhorar seu desempenho nas quadras e se mostrou surpreso com o resultado que chegou pelo seu e-mail., em que aponta o uso do diurético furosemida.

Eleito o melhor jogador do mundo em 2010, Murilo tem uma longa trajetória na Seleção Brasileira. Sob o comando de Bernardinho, o ponteiro conquistou duas medalhas de prata olímpicas (Pequim 2008 e Londres 2012), mas foi com o mesmo treinador que ele sofreu uma das maiores decepções de sua carreira: o corte para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

"Estou com a consciência tranquila, minha preocupação é saber como isso deu positivo. Achei importante vir até aqui e olhar nos olhos de cada um de vocês", disse Murilo se referindo aos jornalistas. "Fiquei muito surpreso, recebi a notificação no dia 4 de maio, um dia depois do meu aniversário. Acordei, abri o e-mail e vi que tinha dado positivo. Passei por inúmeros testes, em clubes e Seleção, e sempre fiz os testes muito tranquilo", completou.

Murilo ainda aguarda a contraprova do exame, que deverá ser divulgada em 15 dias. Caso o novo teste dê um resultado diferente do primeiro, a possível suspensão ao jogador é cancelada. Enquanto isso ele poderá seguir atuando normalmente.

Presente na coletiva de imprensa, o advogado de Murilo, Marcelo Franklin, assegurou que o suo de diuréticos não tem influência nenhuma no desempenho do atleta. O jurista que já defendeu Cesar Cielo e Etiene Medeiros, inclusive, revelou que não deixaria seu cliente falar com os jornalistas, no entanto, abriu uma exceção.

"Diurético no vôlei não melhora a performance, isso, quando muito, prejudica. Vamos aguardar a amostra B. Se a amostra B confirmar, vamos apresentar uma defesa dizendo que não aumentaria a performance", disse Franklin.

"Não costumo deixar atletas falarem, mas esse caso é excepcional. Só existe uma amostra B, se confirmar a A. A imagem do atleta deveria ter sido preservada. Muitos clientes tinham resultados da amostra A, a B não confirmou e a imprensa nunca soube. O Murilo achou importante, em nome da carreira dele, falar com vocês", finalizou.

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