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Superliga Masculina

Zé Roberto volta a criticar ranking da Superliga feminina

17 jan 2017 - 09h02
(atualizado às 09h51)
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O técnico José Roberto Guimarães mostrou sua insatisfação com o sistema de ranqueamento adotado para as equipes da Superliga feminina de vôlei. Para ele, a limitação imposta para a formação dos times impede a disputa com grandes agremiações mundiais.

De acordo com o regulamento da competição, as atletas são pontuadas de 1 a 7, e cada elenco deve ser formado com no máximo 43 pontos. Isso é uma forma de trazer equilíbrio entre os times durante a temporada da Superliga.

Para completar, apenas duas jogadoras de nível máximo, sete, podem atuar na mesma equipe. Para Guimarães, esse é um dos motivos pelos quais os times femininos brasileiros não conseguem se equiparar aos melhores europeus.

"Sou contra o ranqueamento. Desde o começo. Eu não posso concordar, porque no masculino é totalmente diferente. Você pode ter três de sete pontos, por isso o Cruzeiro chega para o título mundial. No feminino, só com duas de sete, não vai brigar nunca lá fora. Perdemos para nós mesmos", argumentou o técnico, na última segunda-feira, em evento de um novo patrocinador das Seleções de vôlei.

Na Superliga masculina, vale lembrar, são permitidos três atletas de nível máximo por equipe, tornando os times mais fortes. Em 2016, por exemplo, o Sada Cruzeiro foi campeão mundial. Entre as mulheres, o Rio de Janeiro, representante brasileiro, sucumbiu na fase de grupos.

José Roberto também fez questão de ressaltar que a culpa não é da CBV, confederação que rege o vôlei brasileiro. "A Confederação não tem nada a ver com isso, porque ela deixou o ranqueamento na mão dos clubes", pontuou.

Recentemente, em entrevista à Gazeta Esportiva, a central Thaísa criticou o nível técnico da Superliga feminina, por conta da saída de atletas importantes, incluindo ela: "A Superliga só vem se enfraquecendo no momento em que vem perdendo as suas jogadoras para o vôlei dos outros países. O que é triste, no meu ponto de vista".

Para Guimarães, porém, há uma boa geração na modalidade."Eu estou coordenando as Seleções de base. Fiquei muito com a sub-19, e agora algumas jogadoras da sub-17. Tem um material humano interessante aparecendo. Mas isso demanda tempo, experiência. Mas é um material humano bacana", finalizou o comandante.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
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