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X Games: campeão com 360°, Bob minimiza: "evolução não é girar mais"

19 abr 2013 - 11h25
(atualizado às 11h25)
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Para conquistar a medalha de ouro no Big Air dos X Games em Foz do Iguaçu, Bob Burnquist voou muito alto na megarrampa, mas girou pouco: relativamente devagar, agarrando o skate com a mão direita, deu uma volta sobre o próprio eixo, aterrissando de base trocada, como se fosse de marcha ré, completando 360°. A velocidade com que executou a manobra causou exclamações do público. Parecia que não daria tempo de concluir o movimento.

Os melhores atletas dos esportes radicais mostrarão ao mundo o que sabem fazer a partir desta quinta-feira, em Foz do Iguaçu. Parte do circuito mundial dos X-Games, a cidade brasileira receberá competições de skate, BMX, Moto X e Rally; veja alguns dos destaques
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Foto: Getty Images

“Dei o 360° porque é mais plástico. Na megarrampa, ganha do 540°. No half-pipe, não. É tudo relativo”, explicou o skatista, que em sessão anterior havia conseguido um giro de 720° e, em 2012, se tornou o primeiro da história a completar o 900° de fakie (base trocada). Na altura absurda que se alcança ao final da rampa, girar devagar e de forma contínua como fez é mais difícil. Não foi por acaso que Bob escolheu-a para fechar a competição.

Além disso, fez o giro de backside, ficando de costas para o sentido da rotação. Assim, não pôde enxergar o momento da aterrissagem. “É assustador porque você não vê”, resumiu. Assim, um 360° ajudou a conseguir o ouro após manobras como o ollie 720° de Jake Brown (duas voltas sobre o próprio eixo sem agarrar o skate) e os 900° (duas voltas e meia) de Mitchie Brusco e Tom Schaar.

“Evolução no skate não é conseguir girar mais”, minimizou o brasileiro. Um grupo seleto de skatistas consegue fazer o 900° - Tony Hawk foi o primeiro e Sandro Dias mineirinho, o primeiro brasileiro, ambos no half-pipe. Apenas o jovem Tom Schaar, 13 anos, chegou ao 1080°, já na megarrampa.

“É possível chegar ao 1260°? Lógico. Provavelmente quem faria isso seria o Tom Schaar, que tem mais facilidade para girar, é a especialidade dele. Mas não é necessariamente o que vai levar o esporte para frente”, complementou o brasileiro. O frontside 720° completado na final do Big Air foi um indício de evolução, por exemplo. A manobra nunca havia sido executada em competições.

A reportagem viajou a convite da Oakley

Fonte: Terra
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