Fabrício "leva na esportiva" edição do BBB

Foto: Divulgação/Globo

Fabrício Amaral

Terça, 09 de julho de 2002, 15h25

Ele foi retratado como homossexual, "cobra" e fofoqueiro, mas nada disso abalou a sua autoconfiança. O gaúcho Fabrício Amaral disse que "levou na esportiva" a edição do programa Big Brother Brasil. "Tem que levar na esportiva, porque a Globo deu um grande empurrão na minha vida, me deu a oportunidade de ficar conhecido no Brasil inteiro", contou o sétimo eliminado do reality show em entrevista ao Portal Terra.

"Nós não tínhamos idéia de como estava a nossa imagem para o público. Eu tentei ser eu mesmo, seguir meu coração. A gente liga a tevê e vê tanta tragédia, tanta tristeza, por isso tentei passar uma imagem alegre", contou o gaúcho, que saiu do programa com 64% dos votos após disputar o paredão com Thyrso.

Aos 25 anos, Fabrício se deleita com a fama conquistada através de sua exposição na televisão: "Estou sendo recebido com muito carinho e educação pelas pessoas nas ruas, estou muito contente, não há dinheiro no mundo que pague isso". No entanto, como não ganhou os R$ 500 mil do programa, o gaúcho agora corre atrás das oportunidades que surgem.

Na última quinta-feira (dia 4), ele fez um ensaio sensual para um site. Agora ele procura trabalhos como modelo ou na televisão: "Gostaria de apresentar um programa de videoclipes ou até mesmo atuar. Estou pesquisando escolas de teatro para me inscrever e ficaria muito feliz se conseguisse atuar em alguma coisa na Globo. Mas ainda não tenho nada definido, o que eu quero é trabalhar, conta.

Das pessoas com quem conviveu na casa não restam rancores. "Já conversei com o Fernando, a Thaís, o Jeferson (meu parceiro para a vida inteira) e a Rita (gosto muito dela, até saímos para jantar) desde que saí do Big Brother e acho que lá dentro fiz mais amigos do que inimigos", acredita Fabrício.

Até mesmo a polêmica Tina foi perdoada por suas ofensas ao grupo: "A gente tem que superar esses desentendimentos. Não tenho rancor dela, mas lógico que não vamos sair juntos, pois não tem nexo. Eu acredito que ela deve ter passado por problemas psicológicos para ter agido daquela maneira na casa, mas espero que ela se dê muito bem, desejo tudo de bom para ela".

Fabrício aponta a saudade da família e dos amigos como a maior dificuldade do confinamento. "Eu sou muito ligado a todos eles, pois sei que a única coisa que a gente leva da vida é isso, não é dinheiro nem bens materiais. Quando esse assunto surgia ali dentro a gente se tratava com muito respeito", conta. Ele diz que não teria a mesma atitude de Cida, que soube da morte da irmã e permaneceu na casa: "Eu teria saído na mesma hora. Sempre peço a Deus que nunca me deixe corromper pelo dinheiro".

Daniela Salú
Redação Terra