Domingo, 02 de dezembro de 2001, 22h43
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Taiguara e Nana: atrações deste domingo. (Foto: Divulgação)
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O zoológico voyeurístico mais assistido da televisão brasileira derrubou mais um espécime: Taiguara. Calado, ensimesmado e metido em brigas com Alexandre Frota, teve três votos entre os participantes da casa contra quatro de Alexandre Frota. Como o público se dirige para premiar Supla e vai eliminando lentamente os menos importantes para o tumulto da casa e diversão dos espectadores, Taiguara foi "morto" da noite, com 11 votos a 6 de Alexandre Frota. Durante o longo programa dominical, o mais assistido da Casa dos Artistas, Silvio Santos chegou a pedir para os espectadores não ligarem para o SBT, pois a emissora recebeu reclamações de que as linhas de São Paulo ficaram congestionadas com 45 milhões de telefonemas na semana passada. Taiguara abriu o programa dizendo que pressentia que iria sair: "Tô sentindo uma vibração", disse. Durante o papo com Silvio, Mari ficou emocionada com o relato em vídeo de sua mãe. Silvio tentou fazer Supla chorar com depoimentos dos pais, mas não conseguiu e a atração à parte foi Nana Gouvêa. Nana provoca Silvio No palco, com um vestido completamente transparente – semelhante às suas vestimentas no programa -, Nana embaraçou levemente Silvio Santos com um abraço e elogios. "Não tenho cérebro, gente?", perguntou para o auditório. Não obteve resposta, por algum motivo. Nana relatou um pouco de sua experiência na casa e descreveu o que psicólogos de porta de banheiro certamente já sabem: o tempo pára no local e há uma confusão de sentimentos entre os habitantes do zoo. Quanto a Supla e Bárbara, Nana acha que podem ter feito sexo, mas amor não. Diante da reação dos entrevistados na rua, em vídeo gravado previamente, Taiguara já aparecia como o menos querido. Mas outro nome pareceu incomodar os espectadores: Mari, tida como chorona. Frota tem um fã-clube de desafetos, mas coloca tanto fogo no ambiente enfurnado do cenário do programa que provavelmente fica por último, com Supla. O SBT conseguiu no sábado, minutos antes do programa ir ao ar, derrubar uma liminar que poderia interromper a exibição da atração mais bem-sucedida do SBT dos últimos tempos. A liminar batia na mesma tecla de quebra de direitos autorais das outras ocasiões, e o desembargador Marcos Andrade, do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu o mesmo parecer favorável ao SBT. Se esse argumento fosse realmente plausível, Jô Soares certamente teria de enfrentar um processo semelhante do Tonight Show, pois é uma xerox exata do talk show americano. Portanto, continua valendo, pelo menos nos tribunais brasileiros, a máxima de Chacrinha: "Na TV nada se cria, tudo se copia". Se a Globo ou a produtora holandesa do Big Brother não mudarem a abordagem jurídica e acertarem o tom, nas próximas semanas veremos mais "artistas" saírem da jaula televisiva da Casa dos Artistas.
Redação Terra
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