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Segunda, 31 de dezembro de 2001, 09h50
De acordo com a edição do jornal Folha de S. Paulo, a polícia do Rio de Janeiro considerou a morte da cantora Cássia Eller "muito suspeita". Eller morreu às 19h05 de sábado, aos 39 anos, na clínica Santa Maria, zona sul do Rio, após sofrer três paradas cardíacas. Por determinação da polícia, o corpo foi submetido à necrópsia no IML (Instituto Médico Legal) na madrugada de ontem.Os resultados dos exames de necrópsia podem determinar se a cantora realmente morreu por causa de uma overdose misturada com álcool. O laudo final sai em um prazo de 20 a 30 dias. A família da cantora descarta a possibilidade de ela ter consumido drogas. "Temos certeza que não foi isso que aconteceu", disse Karla, irmã de Cássia. Ela afirmou que a cantora reclamou muito de dores no peito e falta de ar durante o Natal. "Ela chegou a parar de fumar", comentou. De acordo com o médico da família, o cardiologista Rafael Leite Luna, além de ferimentos nas pernas, foram encontrados hematomas na cabeça, que levaram a equipe até mesmo a solicitar uma tomografia, que não foi realizada pois a cantora morreu logo em seguida. Segundo o médico, Cássia era muito jovem para ter sido vítima de uma parada cardíaca, acrescentando que não sabia que droga ou combinação com calmantes e álcool poderia ter provocado a morte da cantora. Luna, na saída da 10ª Delegacia, no Rio de Janeiro, ainda defendeu a equipe médica que atuou no socorro de Cássia, dizendo que foi bem atendida e que as paradas cardíacas não eram esperadas. Inicialmente pensou-se em um quadro de intoxicação alcoólica, mas as sucessivas paradas levantaram a suspeita de drogas. Cássia chegou a dizer que havia tomado calmantes, mas isso não foi averiguado. Segundo a Folha, o delegado Marcos Reimão, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, disse que "a polícia não descarta nenhuma hipótese, seja acidente, suicídio, intoxicação, homicídio ou erro médico". Veja também:
» Especial Cássia Eller
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Redação Terra
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