O advogado Alberto Louzeira, que representa o cantor de pagode Belo, acaba de divulgar para emissoras de rádio e televisão uma fita com supostas gravações feitas pelo pagodeiro com seu ex-advogado Sylvio Guerra. Segundo Louzeira, na gravação Belo admite que realmente era ele quem conversava com o traficante Vado, da Favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Na fita divulgada há pouco, uma voz - que seria de Guerra - pede ao pagodeiro R$ 190 mil para manter um esquema de proteção, que envolveria o pagamento de policiais, para que ele não fosse preso.
Ainda de acordo com Louzeira, Belo estaria escondido nos últimos dias em Campos do Jordão, região serrana de São Paulo, mas com o cerco da polícia ao cantor - cuja prisão no sábado chegou a ser divulgada por equívoco por emissoras de televisão - teria sido levado para um estado da região Sul do país.
Na fita, o ex-advogado do cantor pressiona-o a arranjar dinheiro para um "pagamento" que iria facilitar a coisa toda, mencionando dois policiais. Guerra chega até a sugerir que Belo venda seu carro Audi por R$ 110 mil para que ele use o dinheiro para o tal pagamento e para cobrir parte de seus honorários. Belo diz na gravação que seus dois outros carros, um Jaguar e uma Mercedez, são alienados.
Durante o programa Repórter Cidadão, da Rede TV, comandado por Datena, os policiais citados na fita, Alvaro Lins e Ricardo Hallack, negaram as acusações, enquanto Guerra tratou de desculpar-se por ter citado o nome dos dois policiais cariocas. A intenção, segundo o ex-advogado, era pressionar Belo para pagar seus honorários. Guerra ainda afirma que Alberto Louzeira quebrou o sigilo entre Belo e ele.
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