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Esperança estréia em clima de disputa com O Clone

Sábado, 15 de junho de 2002, 00h26

Ana Paula, Gianecchini e Priscila Fantin
formam o triângulo amoroso da novela
(Luiza Dantas/Carta Z Notícias)

A Globo estréia no dia 17 de junho a novela Esperança com um objetivo principal nada modesto: manter a excepcional média de 60 pontos conquistada por O Clone . Ao contrário da produção de Glória Perez, que era dúvida na emissora em relação ao Ibope devido aos controversos e ousados temas - clonagem, mundo muçulmano e drogas -, Esperança é uma aposta otimista da Globo. Além de reunir um elenco teoricamente mais forte que a novela anterior, com direito aos renomados veteranos Raul Cortez, Eva Wilma e Antônio Fagundes, além de jovens estrelas, como Reynaldo Gianecchini, Ana Paula Arósio e Maria Fernanda Cândido, Esperança é assinada por Benedito Ruy Barbosa. O autor é um dos mais prestigiados na emissora. "É a primeira vez que estréio uma novela herdando ibope alto e sem concorrentes fortes. Em O Rei do Gado, o Ratinho dava 30 pontos", ressalta Benedito.

Incensado tanto por Benedito quanto pela maioria dos atores doelenco, o diretor Luiz Fernando Carvalho retribui prometendo ser o mais fiel possível ao texto do autor de Esperança por Reynaldo Gianecchini, decide deixar a pequena cidade de Civita, na Itália, para tentar a sorte no desconhecido, mas promissor, Brasil. Ele deixa a namorada Maria, papel de Priscila Fantin, na terra natal e vai parar em São Paulo. Logo conhece Camilli, interpretada por Ana Paula Arósio, e está formado o triângulo amoroso da novela. "É o personagem mais rico que ganhei. Espero dar conta do recado", comemora Reynaldo. Apesar de repetir a dobradinha Raul Cortez e Antônio Fagundes como rivais na trama, assim como em O Rei do Gado e Terra Nostra, parece ter havido um cuidado para não repetir as nacionalidades de duas atrizes que se destacaram em Terra Nostra como as italianas Paola e Giuliana: Maria Fernanda Cândido e Ana Paula Arósio. Em Esperança, a primeira é uma operária brasileira e a segunda uma judia. "Achei ótimo mudar de nacionalidade, pois evita comparações", afirma Ana Paula.

Mas antes mesmo da estréia, até a turma do Casseta & Planeta, Urgente! piada por Esperança ser uma espécie de continuação de Terra Nostra: "Semelhança, a novela que parece mas não é", debocharam os "cassetas". Na verdade, inicialmente a nova produção de Benedito seria mesmo a seqüência de Terra Nostra, mas o autor mudou de idéia quando a Globo colocou no ar Aquarela do Brasil, minissérie que se passava durante a Segunda Guerra Mundial. Como a trama de Terra Nostra 2 iria se desenrolar na mesma época, Benedito não só abandonou a idéia da continuação como resolveu mudar de parceiro na direção. Chamou Luiz Fernando, com quem havia feito Renascer e O Rei do Gado, e dispensou Jayme Monjardim, que apesar da parceria de sucesso em Pantanal e Terra Nostra, desagradou o autor por ter dirigido Aquarela e interferir na trama mais do que o desejado. Durante a coletiva, inclusive, alguns comentários pareciam ter endereço certo. "O que salvou O Clone foi a abordagem sobre drogas", desdenhou Benedito. "Não sou diretor de usar efeitos para mudar a cor do céu. A mágica está na interpretação dos atores e no texto", cutucou Luiz Fernando, ciente que Jayme utiliza muitos efeitos.

Um fator que diferencia Esperança é que Benedito vai contar a história de emigrantes de várias nações e não só dos italianos. O autor criou personagens espanhóis e judeus, que terão seus núcleos. Também vai haver um prostíbulo com "moças" francesas e uma república com estudantes de vários locais do Brasil, incluindo o Nordeste. Com isso, Benedito areja a trama e poderá explorar outros costumes para não ter uma "overdose" de italianos na nova produção. "Vejo esta novela como uma colcha de retalhos cultural", compara Eva Wilma. Como é tradição em suas histórias, o autor também vai incluir a disputa por terras em Esperança através da rixa entre a brasileira Francisca, papel de Lúcia Veríssimo, e o italiano Vincenzo, vivido por Othon Bastos. "É uma tradição do Benedito. Não poderia faltar em Esperança", lembra a atriz.

O preço da aposta - A prova de que a direção da Globo está apostando em Esperança é a cidade cenográfica. Construída especialmente para a novela, em um local do imenso Projac até então não utilizado, a de Esperança tem 13.500 metros quadrados. Pelo menos 20% maior que as cidades cenográficas das novelas anteriores, o lugar parece ter sido erguido sob medida para a megalomania de Luiz Fernando Carvalho. "Odeio a palavra cenográfico, pois soa para mim como mentira. Tento me aproximar da verdade teatral", poetiza o diretor cujo último trabalho na emissora foi a minissérie Os Maias - um retumbante fracasso de audiência.

Como gosta de utilizar a iluminação natural e gravar com apenas uma câmara, como é hábito no cinema, o diretor vai ter a oportunidade de produzir uma novela fora do clima frio dos estúdios da Globo. Apesar do cenógrafo Raul Travassos garantir que o fato de ter instalado redes de esgoto e iluminação no local encareceu a cidade cenográfica de Esperança, o diretor jura que o custo da novela segue o mesmo padrão das outras produções da Globo no horário: R$ 90 mil por capítulo. Com mais de 26 blocos, quase todos com interior, a cidade cenográfica retrata o centro urbano de São Paulo. Chama a atenção o Cine-Théatro Santa Cecília, um cinema com cabine de projeção real e capacidade para 100 pessoas. "Acho que agora todos vão querer uma cidade como a de Esperança", arrisca Maria Fernanda, que vai gravar no cortiço em que mora Nina, sua personagem.

Cor local - As gravações de Esperança cidade de Civita di Bagnoregio, localizada a 105 km de Roma, no norte da Itália. Luiz Fernando passou um mês gravando o núcleo italiano formado por Toni, seus pais Genaro e Rosa - Raul Cortez e Eva Vilma -, o tio Giuseppe - Walmor Chagas -, a namorada Maria - Priscila Fantin -, o pai e a avó dela - Guiliano, vivido por Fagundes, e Luiza, papel de Fernanda Montenegro -, além de seu pretendente Martino - José Mayer. Ainda participaram das gravações o ator italiano Massimo Ciavarro, que interpreta Luigi, e cerca de 300 figurantes selecionados nas cidades próximas. "Me emocionei com a hospitalidade dos italianos", lembra Priscila Fantin.

Além de uma fábrica em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a novela ainda teve cenas gravadas em fazendas nas cidades de Santa Gertrudes e Araraquara, ambas no interior de São Paulo. A fazenda Santa Gertrudes, por exemplo, foi escolhida porque foi referência mundial na fase áurea do café.

» Confira o especial

Rodrigo Teixeira
TV Press

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