Terça, 25 de junho de 2002, 22h41
O advogado Alberto Louvera anunciou hoje que não está mais à frente da defesa do cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo. No entanto, o escritório do advogado Ari Berger ainda tenta obter um habeas-corpus para que o pagodeiro, acusado de associação com o tráfico de drogas, possa deixar a prisão.O drama de Belo começou quando a polícia gravou conversas entre ele e o traficante Valdir Ferreira, o Vado, do complexo de favelas do Jacarezinho. Nas gravações, realizadas no mês de abril, o traficante ligou para a casa do pagodeiro e falou com uma pessoa não identificada, a quem chamava de "velho". Após exames de perícia, a voz foi identificada como sendo do cantor. Na conversa, o traficante pediu R$ 11 mil para comprar "um tecido fino" que viria de São Paulo. O dinheiro seria para ajudar da compra do material, que custaria R$ 26 mil. "Velho" concorda, mas em troca pede um "tênis AR", que seria um fuzil AR-15, segundo a polícia. Em outra ligação, o traficante citou expressamente o nome de Belo. Em uma coletiva realizada em 7 de maio no Rio de Janeiro, o cantor desmentiu todas as suspeitas de envolvimento com o traficante. "Não conheço este homem e não tenho ligação nenhuma com o tráfico. A minha casa está em reforma há um ano e nela circulam 30 pessoas por dia", disse. No mesmo dia, o pagodeiro prestou depoimento na Polícia Civil. Belo desmentiu que tivesse uma coleção de armas, e negou a afirmação de que estaria negociando um fuzil com o traficante. "A únca arma que tenho para defesa pessoal é uma pistola 380, que está registrada em meu nome", afirmou o cantor, que tem porte de arma.
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JB Online
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