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Claudinho teve carreira de sucesso interrompida aos 26 anos

Sábado, 13 de julho de 2002, 18h55

A passagem de rotina de um peão de obra, office boy e vendedor ambulante para um integrante de uma famosa dupla de cantores de rap e funk-melody, foi facilmente absorvida por Cláudio Antonio Rodrigues (o Claudinho) da dupla Claudinho & Buchecha. Após cinco anos em busca do sucesso, os amigos de São Gonçalo, que se conheciam há 20 anos, estouraram em 1997 com a música Quero Te Encontrar, incluída no disco A Forma.

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    O apelido veio quando o cantor trabalhava numa casa fazendo pipa e balão. Como um dos funcionários já se chamava Cláudio o cantor, por ser mais novo, começou a ser chamado de Claudinho. Como a paixão pela música já o perseguia, o rapper parou de estudar na quinta série e começou a trabalhar para ajudar em casa, mais sempre cantarolando. Após ganharem um festival com a música O rap do Salgueiro, ele e Buchecha correram atrás da fama, até conseguirem fechar contrato com a Universal Music.

    A maneira bastante original com que escolhiam suas músicas e coreografias foi a chave para, em pouco tempo, conquistarem uma legião de fãs pelo país. A partir daí foi só trabalho. Atingiram a boa marca de um disco por ano e vários hits bastante tocados nas rádios, como Conquista, Quero te encontrar, Nosso sonho, Xereta e Só love.

    E a dupla não se intimidava com os medalhões da MPB. Em seus discos fizeram novas versões de vários clássicos, entre eles Tempos modernos (Lulu Santos), Uma noite e (Marina Lima), Lilás (Djavan), Lindo balão azul (Guilherme Arantes) e Carro velho (Ivete Sangalo).

    Ao todo foram seis discos: Claudinho e Buchecha (1996), A forma (1997), Só love (1998), Ao vivo (1999), Destino (2000) e Vamos dançar (2002). O esforço foi reconhecido. Já no primeiro CD venderam 1,250 milhão de cópias. No ano seguinte foram eleitos Artistas Revelação de 1997 pela MTV.

    O cantor Claudinho faleceu, esta manhã, após um acidente envolvendo o carro em que ele viajava, um Golf, placa LAZ-4665. O veículo derrapou na pista sentido Rio da Presidente Dutra, na altura do quilômetro 203, em Seropédica, Baixada Fluminense. Ele era casado com Vanessa e tinha uma filha chamada Andressa.

    Apesar de fazer parte do meio do funk, muitas vezes bastante perigoso, Claudinho e Buchecha pregavam a paz sempre que possível. O cantor afirmava que um dos seus maiores sonhos era poder ver a filha crescer em paz. "Amor e ódio são como a noite e o dia, o bem e o mal. A gente sempre prega que o amor é mais forte. Isso é para fazer as pessoas refletirem sobre o que elas perdem com o ódio e ganham com o amor", dizia.

    JB Online

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