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Defesa resolve não chamar Winona Ryder para depor

Segunda, 04 de novembro de 2002, 20h40

Winona chega ao tribunal para
mais um dia de julgamento
Foto: AP

A defesa de Winona Ryder, que está sendo julgada por acusações de roubo em loja, concluiu na segunda-feira seus argumentos, sem convocar a atriz indicada ao Oscar para depor em seu próprio favor. Em seus próprios argumentos finais, a promotora declarou que as evidências deixam claro que Winona é ladra.

» Veja o vídeo, em inglês, que mostra Winona roubando
» Veja fotos de Winona no tribunal

Ann Rundle disse ao júri, composto de seis homens e seis mulheres, que, apesar das alegações feitas pela defesa de que a atriz teria sido tratada com rigor incomum pelo fato de ser uma celebridade, o que aconteceu foi um caso simples de roubo: "Ela veio, ela roubou, ela partiu. Ponto final. Fim da história".

O júri ouviu atentamente ao discurso de 40 minutos no qual Rundle expôs os detalhes de seu argumento: que Ryder teria recortado fora os sensores de segurança de mercadorias da elegante loja Saks Fifth Avenue, em dezembro passado, e saído carregando bens no valor de US$ 5,5 mil pelos quais não pagou.

Ryder é acusada de vandalismo, roubo agravado e furto em segundo grau.

Na sexta-feira, uma testemunha de defesa da atriz, um ex-funcionário da Saks, acusou o gerente de segurança da loja de ter jurado forjar evidências para prejudicar a atriz.

O ex-funcionário Michael Shoar disse que o gerente Kenneth Evans lhe disse, em dezembro, que "iria criar evidências suficientes para mostrar que as acusações eram verdadeiras". "Ele (Evans) disse que iria fazer aquela vaca rica de Beverly Hills ser presa por roubo de loja", disse Shoar. "Ele estava nervoso e ansioso".

Mas, quando foi interrogado pela promotoria, Shoar admitiu que guarda ressentimentos contra a elegante loja Saks. Ele admitiu ter aberto uma ação contra a loja por uma queixa pessoal não relacionada ao caso de Winona Ryder. A ação levou a Saks, em agosto, a impetrar um mandato de segurança contra ele, proibindo-o de entrar no recinto da loja.

Ryder, 31 anos, nega ter roubado cerca de US$ 5,5 mil de peças de roupa de grife, bolsas, meias, chapéus e acessórios de cabelo durante uma visita feita à Saks, em Beverly Hills, em dezembro passado.

Se for considerada culpada, Ryder pode ser condenada a até três anos de prisão.

Durante o julgamento inteiro seu advogado de defesa, Mark Geragos, vem afirmando que os seguranças da Saks fizeram Ryder de vítima deliberadamente devido ao fato de ela ser uma celebridade. Ele os acusa de terem inventado as evidências mais prejudiciais contra ela: a versão de que ela teria sido vista num vestiário recortando os sensores de segurança de bolsas que valiam centenas de dólares.

Os fatos mencionados não foram captados na fita de vídeo de 90 minutos gravada por Kenneth Evans e que a mostra enquanto ela fazia compras na loja.

Leia também:
» Acusação de roubo rende propostas de trabalho para Winona

Reuters

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