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Melhores e piores: O Clone foi o fenômeno do ano

Domingo, 22 de dezembro de 2002, 14h24

Giovanna Antonelli e Murilo Benício
em O Clone (Divulgação)

O ano de 2002 não teve na teledramaturgia o seu forte. A grande vencedora da eleição Melhores & Piores de TV Press foi O Clone, que estreou no ano passado sem vencer em nenhuma categoria. Mas a novela permaneceu seis meses no ar em 2002, estreou nova fase em janeiro e a bem-sucedida temática das drogas, além do bar da Dona Jura. Depois de atingir picos de 60 pontos de audiência, O Clone ganhou nas categorias Melhor Novela, Melhor Autor e Melhor Diretor, todas sem qualquer outro concorrente à altura. A novela garantiu ainda a eleição de "Melhor Atriz" e "Melhor Atriz Coadjuvante", para Débora Falabella e Cristiana Oliveira, respectivamente.

Depois de O Clone, pouco aconteceu que merecesse destaque. A euforia pela estréia de Esperança, incensada como "herdeira" do mega-sucesso Terra Nostra, se converteu em decepção. A novela de Benedito Ruy Barbosa não decolou e termina o ano com um novo autor no comando, Walcyr Carrasco. As únicas menções à trama apareceram nas categorias "Melhor Ator" e "Atriz Revelação", vencidas por Raul Cortez e Eliana Guttman.

Mas surpresa mesmo foi a colombiana Betty, a Feia, verdadeiro fenômeno "trash". A trama conquistou a quase unanimidade como "Melhor Novela Estrangeira". A categoria não reúne grande coisa, mas a heroína horrorosa garante momentos hilários com seus óculos fundo-de-garrafa e sua voz esganiçada. Antes o "trash" assumido que o enredo pseudo-sério de Desejos de Mulher, transformada num verdadeiro "dramalhão mexicano". A novela de Euclydes Marinho conseguiu eleger Regina Duarte na categoria "Pior Atriz". Quem se salvou mesmo foi José Wilker, eleito "Melhor Ator Coadjuvante".

Num ano que teve em Cidade dos Homens uma de suas grandes inovações, a categoria "Melhor Seriado" acabou vencida por Os Normais. O menino Douglas Silva também acabou perdendo o título de "Ator Revelação" para André Mattos, que viveu Dom João VI em O Quinto dos Infernos.

Novela

  • Melhor: O Clone
    Antes da estréia, O Clone parecia uma novela problemática. Abordar o universo muçulmano virou uma aposta arriscada depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Além dessa espécie de "mau presságio", pesava sobre a trama a recusa de atores como Ana Paula Arósio, Letícia Spiller e Fábio Assunção, inicialmente escalados para os papéis principais. Mas a história de Glória Perez virou um verdadeiro fenômeno. Segunda colocada no ano passado, a novela ganhou corpo com a virada para a segunda fase, quando a trama das drogas se transformou num dos maiores trunfos da autora, e este ano ganhou 85% dos votos. Depois de nove meses no ar, o único problema deixado por O Clone foi para a sucessora, Esperança, que não consegue chegar nem perto das médias sempre acima dos 50 pontos no Ibope.

  • Pior: Marisol
    A trama, adaptada do original de Inés Rodena, tinha tudo para levar o título de pior novela - um típico "dramalhão mexicano", reviravoltas mirabolantes e inverossímeis e um elenco encabeçado pela dupla Bárbara Paz e Alexandre Frota, extraída diretamente de Casa dos Artistas. A mocinha pobre e sofredora teve até de se passar por outra em seu caminho para o final feliz. Uma peruca preta e... ninguém a reconhecia! Com 36% dos votos, Marisol deixou em segundo lugar a "quase mexicana" Desejos de Mulher, trama de Euclydes Marinho que teve de perda de memória a morto que aparece vivo no final.

    Novela Estrangeira

  • Melhor: Betty, a Feia
    A colombiana Betty, a Feia, que quebra quase todos os estereótipos das típicas enlatadas latinas, foi quase unanimidade: teve 93% dos votos. Em lugar da bela mocinha sofredora, uma feiosa que ri da própria falta de sorte estética. Com seu jeito sem-graça e desajeitado, Betty vai conquistando aos poucos o coração do belo patrão e a simpatia da audiência, que transformou a novela em sucesso nos quase 30 países onde já foi exibida. No Brasil, a trama de Fernando Gaitán vem dando à Rede TV! a marca de 6 pontos no Ibope. O resultado é tão bom que a emissora tem exibido diariamente apenas metade de cada capítulo, enquanto o restante é preenchido com resumos e "flashbacks". O objetivo é prorrogar até 2003 a espera pela transformação do "patinho feio" em um belo cisne, final que não poderia fugir ao padrão.

  • Pior: Cúmplices de um Resgate
    Escolher a pior novela estrangeira não é tarefa das mais fáceis. Cúmplices de um Resgate obteve a maioria dos votos numa eleição que lembrou ainda Maria Belém, Salomé, Amigas e Rivais e Manancial, todas mexicanas exibidas pelo SBT. Mas a novelinha deixou as concorrentes para trás com sua trama tão rocambolesca quanto manjada - duas gêmeas idênticas, separadas ao nascer, que se reencontram por acaso. Uma é pobre e talentosa, outra rica e cheia de vontades. Pior que a história só mesmo as horrorosas apresentações do conjunto musical que a dupla formou com sua "turma".

    Atriz Revelação

  • Eliana Guttman
    A intérprete da Tzipora, de Esperança, não é nenhuma novata na tevê. Ela estreou em Xica da Silva, da extinta Manchete, em 1996, emendou com Mandacaru e fez Meu Pé de Laranja Lima, da Band. Na Globo, fez participações em Torre de Babel e Força de um Desejo. Mas é como a típica matriarca judia que a atriz tem roubado a cena em Esperança, misturando força e delicadeza na medida certa. Ao lado de Ana Paula Arósio e Gilbert, forma um dos melhores núcleos da trama. E prova que nunca é demais oferecer bons papéis a quem tem estrada. No caso, 15 anos de uma sólida carreira teatral. Com 38% dos votos, Eliana deixou para trás a novata Sheron Menezes, a Júlia na mesma novela, que teve 31% da preferência.

    Ator Revelação

  • André Mattos
    André Mattos conseguiu o que parecia impossível: não deixar o público sentir saudades do Dom João VI de Marco Nanini no filme Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camuratti. E não era só esta sua responsabilidade ao integrar o elenco de O Quinto dos Infernos. André entrou para substituir o veterano Luiz Gustavo, que recusou o papel. Seu personagem ganhou cada vez mais espaço na trama. E o ator na emissora, onde desde então faz gratas participações especiais. André teve 50% dos votos, deixando em segundo lugar o jovem Douglas Silva, que iniciou a carreira no filme Cidade de Deus e viveu o Acerola na microssérie Cidade dos Homens.

    Ator

  • Melhor: Raul Cortez
    Versatilidade é a marca do veterano Raul Cortez. Em seu terceiro personagem italiano na tevê, na terceira novela seguida de Benedito Ruy Barbosa, o ator tem emocionado mais uma vez o público e conquistou 37% dos votos. Além de seu charme e elegância naturais, Raul empresta a Genaro um misto de rabugice e doçura que o transforma num personagem irresistível. Na pele do pianista, o ator já viveu momentos memoráveis em Esperança, como o encontro com Maria no Brasil e o reencontro com o filho, Tony. E um possível romance com Mariúsa promete novos belos momentos. Com 26% dos votos, Marco Nanini ficou em segundo lugar. Depois de mais um ano como Lineu, do seriado A Grande Família, o ator continua esbanjando talento e humor.

  • Pior: Alexandre Frota
    Como ator, Alexandre Frota é um excelente habitante da Casa dos Artistas. A idéia de promovê-lo do "reality-show" à principal novela do SBT rendeu à trama alguns momentos bizarros. Já Alexandre ficou com 64% dos votos de pior ator. A atuação inexpressiva e a falta de qualquer domínio interpretativo transformaram o canalha Mário numa curiosa versão do Robocop - as únicas variações de expressão ficavam por conta da altura da voz, bem mais intensa quando ele estava "nervoso". Frota conseguiu a incrível façanha de deixar para trás, por mais que o dobro de votos, o cantor Paulo Ricardo, que "interpreta" de forma absolutamente opaca o também inexpressivo judeu Samuel em Esperança.

    Atriz

  • Melhor: Débora Falabella
    A segunda fase de O Clone foi de Débora Falabella. Na pele da doce e sensível Mel, a atriz trouxe à tona a temática das drogas e emocionou o público com o drama da menina rica que se rende ao vício. Aos 22 anos, Débora protagonizou momentos densos e soube dar a medida certa ao desespero da personagem. Ela já tinha brilhado em Um Anjo Caiu do Céu, como a adolescente rebelde Cuca. Mas Mel foi uma espécie de passaporte para a maioridade. Depois dela, a atriz já encarou até o texto de Plínio Marcos. Ela interpreta Paco no longa Dois Perdidos Numa Noite Suja, adaptado por José Joffily. Com 47% dos votos, Débora deixou em segundo lugar a vencedora do ano passado, Marieta Severo, que teve 15% das preferências.

  • Pior: Regina Duarte
    Habituada a freqüentar as listas das melhores atrizes, Regina Duarte mudou de lado este ano. A estilista Andréa Vargas, de Desejos de Mulher, até que começou bem. Mas perdeu completamente o rumo, juntamente com a novela. A personagem, antes competente e elegante, perdeu a memória e virou uma espécie de zumbi sofredor: não conhecia ninguém, não lembrava a própria história, andava vestida feito uma noiva de bolo de subúrbio e era feita de gato e sapato pelo calhorda Bruno. Com 27% dos votos, Regina livrou Flávia Alessandra de ser eleita pela segunda vez consecutiva como pior atriz. Na pele da terceira Lívia de sua carreira, ela teve 15% dos votos.

    Melhor Ator Coadjuvante

  • José Wilker
    Na pele do homossexual Ariel, de Desejos de Mulher, José Wilker pôde exercitar uma de suas marcas registradas: a ironia. Pela primeira vez interpretando um gay na tevê, o ator cobriu-o de elegância e ganhou 32% dos votos de melhor ator coadjuvante. O núcleo de Ariel e Tadeu, vivido por Otávio Müller, ganhou cada vez mais espaço na trama e foi uma das poucas coisas que funcionaram na novela. E Wilker escapou da tentação de fazer uma caricatura de Ariel, risco muito comum ao se dar vida a um homossexual. Ainda mais numa novela como esta, em que quase tudo descambou para o exagero. Logo atrás de Wilker, com 26% da preferência, ficou Osmar Prado, que viveu com maestria o fracassado Lobato, de O Clone.

    Melhor Atriz Coadjuvante

  • Cristiana Oliveira
    A interesseira e invejosa Alicinha, de O Clone, parece ter sido feita sob medida para Cristiana Oliveira. A atriz estava tão à vontade na pele da víbora que ficava difícil até duvidar das carinhas de boa-moça, que ela sempre sabia usar nas horas certas. A princípio um papel pequeno, Alicinha cresceu e se envolveu em novas tramas da história, chegando até a tentar aprontar das suas para cima de Leônidas. Cristiana brilhou com charme, elegância e uma boa dose de desfaçatez. Só pelo olhar já dava para saber o que a megera estava aprontando.

    Autor

  • Melhor: Glória Perez
    Nenhum outro autor conseguiu ameaçar a eleição de Glória Perez nesta categoria. O fenômeno O Clone, responsável por médias de audiência sempre acima dos 50 pontos, deu à autora 80% dos votos. Glória conseguiu a façanha de manter a novela no ar durante longos nove meses, sem criar "barriga". Com temáticas que iam das drogas ao mundo muçulmano e da clonagem à vida no subúrbio, a autora deu espaço às tramas secundárias e conseguiu assunto de sobra. A habilidade em dosar o desenvolvimento das histórias garantiu fôlego à novela, que saiu do ar já deixando saudades.

  • Pior: Inés Rodena e Henrique Zambeli
    O pífio enredo de Marisol garantiu a Inés Rodena e Henrique Zambeli o posto de piores autores. A mexicana autora da trama e o brasileiro, responsável pela adaptação, até que conseguiram excelentes índices de audiência para o SBT, em torno dos 16 pontos. Mas o desenrolar da trama foi realmente sofrível. Inés criou um típico "dramalhão mexicano", com todos os já manjados truques do gênero - a mocinha sofredora, as vilãs maquiavélicas, os amores impossíveis, filhos que aparecem do nada e trocas de personalidades. E Henrique bem que podia ter trazido os diálogos mais para perto da realidade brasileira. Muitos deles soavam estranhos e engessados.

    Diretor

  • Melhor: Jayme Monjardim
    O ritmo ágil e envolvente de O Clone garantiu a eleição de Jayme Monjardim com 85% dos votos. O diretor conferiu à novela uma fluência essencial à complexidade dos temas abordados, como a clonagem e o mundo muçulmano, que, aliás, era retratado em tomadas que entraram para a antologia da televisão brasileira. A mão de Jayme foi imprescindível ainda à criação do clima de núcleos como o do Bar da Jura, que poderia ter caído facilmente na mesmice caso não fosse muito bem conduzido. O diretor se destacou também na resolução de inúmeros problemas de saúde com o elenco, como durante a meningite de Débora Falabella, em que brilhantemente ele segurou o destaque da personagem e substituiu com habilidade a atriz por sua irmã.

  • Pior: Henrique Martins
    O diretor Henrique Martins acabou sendo engolido pela onda dos piores prêmios de Marisol, com 60% dos votos. Mas a verdade é que alguns dos momentos mais absurdos da trama poderiam ter sido evitados com um pouquinho mais de cuidado da direção. Como, por exemplo, a bizarra transformação da personagem-título, que, com uma simples peruca preta, passou meses fingindo ser outra pessoa. O recurso do "personagem que ouve atrás da porta" também poderia ter sido usado com mais restrições, o que evitaria algumas das inverossimilhanças da novela. O diretor pecou ainda na falta de movimentação e tomadas externas, o que faria a história se desenrolar com maior naturalidade.

    Séries e Seriados Nacionais

  • Melhor: Os Normais
    Pelo segundo ano consecutivo, Os Normais é eleito o melhor seriado nacional. As confusões do relacionamento "normal" de Rui e Vani vêm mantendo a média de 24 pontos de audiência, índice considerado excelente para a faixa das 23h de sexta-feira. A produção já tem lugar garantido na grade de 2003 e deve ganhar mais um casal, interpretado por atores ainda não definidos. Os fãs das performances inspiradas de Luiz Fernando Guimarães e Fernanda Torres e do texto ágil de Fernanda Young e Alexandre Machado podem aguardar também a estréia do casal normal na telona. Os Normais teve 47% dos votos, deixando em segundo lugar o inovador Cidade dos Homens, com 41% da preferência.

  • Pior: Sandy e Júnior
    Com uma típica trama adolescente, o seriado Sandy e Júnior aproveita a fama e o carisma dos irmãos cantores para ajudar a levantar a audiência do domingo da Globo. As tramas são vazias e tudo não passa do tradicional "quem fica com quem", a não ser uma ou outra causa que o grupo resolve abraçar. Depois de cinco anos no ar, as aventuras da dupla e sua turma no condomínio de classe alta ainda não têm futuro definido na emissora. Tudo vai depender da agenda dos dois para o ano que vem. Envolvidos com a carreira internacional, não se sabe até quando Sandy e Júnior terão interesse em carregar o seriado nas costas.

    Enlatados

  • Melhor: Arquivo X
    Uma instigante mistura de ficção, suspense e boas doses de humor, Arquivo X garantiu a liderança na categoria melhor enlatado. Exibido pela Record e pelo canal pago Fox, o seriado mostra as aventuras de dois agentes do FBI na solução de casos bizarros e cheios de mistério. A objetividade de Dana Scully, aliada à abordagem de casos envolvendo alienígenas e fenômenos de paranormalidade, cria uma mistura capaz de agradar a gostos bastante diferenciados. Criado em 1993, por Chris Carter, Arquivo X transformou-se num dos maiores fenômenos de massa dos anos 90, tendo conquistado milhões de fãs nos mais de 30 países onde já foi exibido. O seriado é ainda o vencedor de diversos prêmios Emmy.

  • Pior: Chaves
    Há mais de 10 anos no SBT, Chaves já deveria ter entrado para a categoria "hour concours" na eleição "Melhores & Piores" de TV Press. Ainda está para aparecer um seriado capaz de desbancá-lo na categoria pior enlatado. Este ano, Chaves foi eleito com 38% dos votos. O programa permanece atingindo, no entanto, médias de 10 pontos de audiência ano após ano, o que, por si só, já é um belo motivo para mantê-lo no ar. O personagem, criado e interpretado pelo mexicano Roberto Bolaños a partir dos anos 70, ainda faz enorme sucesso em toda a América Latina.

    TV Press

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