Sexta, 11 de abril de 2003, 07h00
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Junior chega aos 19 com brilho próprio
Foto: Divulgação
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» Veja as fotos da trajetória de Junior » Junior em Estrela GuiaDezenove anos. Aos dezoito, a grande preocupação de Junior era com a carteira de motorista. Agora certamente é administrar uma complicada, em vários sentidos, carreira de 14 anos de sucesso. O ariano básico é geralmente muito competitivo e Junior não destoa de seu signo solar. Acha sempre que algo que acabou de fazer pode ficar melhor. Também é característica do homem de Áries não revelar muito para não se magoar depois. Mas no foco da mídia é difícil não falar de si o tempo todo. Só escapa quando sua irmã está a seu lado, chamando mais atenção. "Quando eu saio sozinho as pessoas me reconhecem e vêm falar comigo, mas consigo andar numa boa. Agora se a Sandy sai junto, a coisa pega", disse em uma entrevista à revista Capricho. E Junior não desgruda da irmã. A vida pessoal de Durval de Lima Júnior, segundo filho de Noely e Xororó, já foi mais do que escrutinada pela imprensa. Todo mundo sabe que ele perdeu a virgindade aos 15 anos. Que gosta dizer que adora beijo na boca. Que seu ideal de mulher é Luana Piovani ou Ana Paula Arósio. Que não tem relacionamentos sérios com garotas. Que nunca se apaixonou para valer. Que conta tudo de sua vida a sua família. Que diz que a virgindade da Sandy é assunto dela. Que nem ele nem a irmã fizeram terapia para lidar com a fama. Que seu sonho é, além da carreira internacional, ser respeitado como músico. E, finalmente, que não pensa em carreira-solo. Um livro de 19 anos aberto para fãs, assanhadas por qualquer acontecimento na vida do cantor. A carreira não deu tempo para Junior respirar. Até quando sua voz começou a mudar passou por uma recauchutagem para não atrapalhar os planos musicais. Afinal, aos cinco anos, em 1989, foi posto no palco junto com a irmã para se apresentarem, ao vivo, no histórico programa Som Brasil. Cantaram Maria Chiquinha. Os pais Chororó e Noely perceberam que os filhos podiam cantar, eram considerados umas "gracinhas" e daí para frente a carreira só se profissionalizou. A indústria arregalou os olhos: seria a primeira dupla teen do país. O primeiro disco saiu lá atrás, em 1991. Chamava-se O Aniversário do Tatu, lembram-se? Em 1992, já faziam show para um público de perto de 60 mil pessoas. O número aumentou consideravelmente e uma das apresentações mais emocionantes para Junior foi justamente a do Rock In Rio 3, com um mar de pessoas aplaudindo mais eles do que Britney Spears ou N'Sync, presentes na mesma noite, e ícones da teen music. Mundo machista Ao todo, Junior e irmã já venderam mais de 12 milhões de discos no Brasil, em um total de 14 álbuns - e o número continua crescendo com o CD gravado ao vivo no Maracanã. É uma marca extraordinária, que os levou inevitavelmente para a TV e mais recentemente para uma carreira internacional, que ainda engatinha à espera de retorno à altura da fama de Sandy e Junior no Brasil. Atuar constantemente no seriado Sandy & Junior também o ajudou no palco, segundo o próprio. "Quando você aprende a atuar, acaba colocando mais sentimento na sua voz", disse em entrevista à revista Carícia. A única jornada solo de Sandy sem o irmão foi na novela Estrela Guia. E ao lado dela, Junior virou fenômeno. Gosta de afirmar que um não existe sem o outro. Mas provavelmente a indústria vai querer puxar Sandy para o centro do palco. É mais fácil vendê-la assim, e o irmão sabe: "Isso não me incomoda nem um pouco. A Sandy é bonita, uma princesa. Infelizmente o mundo é machista e quer saber se ela está namorando, se já beijou", disse o fã de comida italiana em entrevista à Carícia. Desafio mesmo, então, somente a empreitada internacional. Os dois começaram a vivenciar novamente a transição do anonimato para o estrelato. O conselho dado por Junior para quem está começando pode servir para ele próprio nesse novo passo: "A pessoa tem de gostar muito desse tipo de vida e querer vencer as barreiras que se apresentam", disse em entrevista ao Terra EUA. Para os estrangeiros, Junior define o gênero da dupla como sendo "estilo Sandy & Junior". O mercado internacional, no entanto, ainda não conseguiu tirá-los do imenso caldeirão teen da música pop. Apesar de estar apenas com 19 anos, o futuro de Junior sem dúvida alguma será a música. Se um dia a dupla se separar, mesmo que amigavelmente, o jovem pretende seguir produzindo discos. Eventualmente se formará maestro. Em seu aniversário antecipado, na terça-feira passada, seu pai lhe deu dois presentes (isso para quem já tem tudo que o dinheiro pode comprar): um novo fone-de-ouvido e uma mesa de som Mackie. Portanto, se depender da família, Junior, mesmo gostando da fazenda da família em Campinas, jamais vai virar um peão. Se virar, várias fãs ficarão penduradas na cerca gritando "Junior, Junior!!" Leia mais: » Junior comemora 19 anos ao lado da família e de amigos
Ricardo Ivanov/Redação Terra
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