O corpo de Mauro Rasi será sepultado por volta do meio-dia desta quarta-feira no Cemitério dos Ingleses, zona portuária do Rio de Janeiro, anunciou sua família. O dramaturgo e cronista paulista morreu nesta terça-feira aos 52 anos vítima de câncer de pulmão. Os astros Miguel Falabella e Cláudia Gimenez, que atuam na peça Batalha de Arroz num Ringue para Dois, pretendem prestar uma homenagem ao dramaturgo na sessão de quinta-feira. O espetáculo ficará em cartaz no Rio de Janeiro até junho e pode ser considerado o último grande sucesso de Rasi nos palcos.
"O Mauro foi o grande marco do teatro brasileiro nos anos 80, sendo o responsável pela criação do gênero besteirol", disse Gimenez a repórteres durante o velório, no apartamento do autor, onde ele faleceu.
Embora ainda não tenha sido anunciada oficialmente a causa da morte, Rasi vinha se submetendo nos últimos meses a um tratamento de quimioterapia para tentar conter um câncer no pulmão.
Autor de mais de 20 peças, Rasi foi um dos mais atuantes dramaturgos brasileiros. Emplacou sucessos como Pérola, estrelada por Vera Holtz, e seu currículo inclui espetáculos como A Estrela do Lar, com Marieta Severo, e A Dama do Cerrado, com Suzana Vieira e Otávio Augusto.
Rasi era também cronistas do jornal O Globo. Com seu humor, conquistou fãs e desafetos - o mais recente deles foi a governadora do Rio, Rosinha Matheus, que ameaçou processá-lo por suas ironias.
Em sua última coluna, intitulada Onde anda Saddam Hussein?, Rasi satirizou a guerra no Iraque e levantou a hipótese do ex-líder iraquiano estar escondido no Brasil.
O jornal não sabia informar se Rasi tinha preparado outras crônicas ou se será feita uma homenagem ao dramaturgo em seu espaço semanal.
Mauro Rasi também atuou como cronista no programa Fantástico e fez parte do grupo de roteiristas do humorístico Sai de Baixo, ambos da Rede Globo.
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