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Quinta, 08 de maio de 2003, 12h38

Romance com Kurnikova teria terminado
por causa de ciúmes. (Foto: Terra)

Ouça CDs de Enrique na Rádio Terra
Letras e cifras de músicas de Enrique Iglesias

Poucos podiam imaginar que o cantor da América Central Enrique Martinez venderia mais de 23 milhões de cópias de seus três primeiros álbuns pelo mundo. O problema era que o jovem não era nem da América Central, nem tinha o sobrenome Martinez. Foi assim que Enrique Iglesias começou sua carreira sem chamar atenção para o nome de sua família - mais precisamente seu pai, Julio Iglesias. Hoje, exatamente na data em que completa 28 anos, o espanhol desfruta de uma posição privilegiada dentro do segmento de cantores latinos.

Ao contrário de outros, tem seu principal mercado nos EUA, o que ele acha uma vantagem: "Me sinto relaxado e quero desfrutar da minha música sem pressões", disse Enrique em entrevista ao Terra Espanha, na época do lançamento de Escape. Para carimbar a tese, ele é o artista latino que mais vende dentro da sua gravadora, a Universal - e é o segundo em língua inglesa, atrás somente de Eminem.

Mas sua vida tem sido uma mistura de carreira musical e romances com famosas, sendo que um ajuda o outro. Entre as namoradas famosas, a atriz Jennifer Love Hewitt e Christina Aguilera já passaram por sua serenata romântica. Mas sem dúvida alguma o caso mais falado foi o com a tenista Anna Kurnikova, que o conheceu quando participou de um clipe com o cantor, Hero, em cenas calientes. O romance não resistiu tanto assim e terminou no começo deste ano, segundo o tablóide inglês The Sun. O motivo teria sido o clássico: ciúmes. Em novembro Enrique teria levado uma bela jovem para um quarto de hotel durante o MTV Europe Awards, em Barcelona, o que teria motivado um rompimento ainda antes do Natal de 2002, mas sem muito estardalhaço.

Sedutor madrileño

Enrique é um espanhol e sabe administrar a fama donjuanesca que os madrileños carregam. Enrique, no entanto, não teve uma proximidade tão grande assim do seu pai Julio - seus pais se divorciaram quando ele tinha sete anos. Para completar, o cantor chegou a criticar o pai por não ter deixado em nenhum momento o trabalho de lado para cuidar dos filhos. Assim, Enrique seguiu um caminho mais moderno diferente do pai, apesar do romantismo musical dos dois. A grande sacada foi sua mãe ter lhe mandado em 1982 para estudar em Miami em um colégio prestigiado. Começou a cantar na peça Hello Dolly e não contou aos pais. Quando conseguiu um empresário, fez questão de esconder seu nome e despachou fitas demo com o tal nome e procedência. A Fonovisa se interessou e fechou contrato para o primeiro disco, em 1996, sucesso de vendas. O disco homônimo passou de três milhões de cópias em três meses.

O disco seguinte, Vivir, vendeu mais de cinco milhões. E os prêmios começaram a chegar: Grammy de Melhor Performer Latino em 1996, Artista do Ano pela Billboard no mesmo ano, Álbum do Ano pela mesma Billboard e dois American Music Awards, entre outros. Em 1997, já tinha vendido mais de 17 milhões de discos. Saltando para 1999, gravou seu primeiro disco em inglês, Enrique, momento em que alcançou a marca das 23 milhões de cópias vendidas - sendo 12 milhões só com esse último álbum. Estava selada a fama de Enrique nos EUA. Para completar, fez turnês com Elton John, Bruce Springsteen e Billy Joel e em 2002 participou de um show em homenagem a Nova York ao lado de Bon Jovi e Alicia Keys.

Seu sucesso pode ser medido pelo conselho que seus assessores de imagem lhe deram, de nunca deixar de dar um autógrafo a uma fã, mesmo que ela seja uma bilheteira de metrô - pois não existe publicidade melhor que sua foto autografada pregada na bilheteria de um metrô por onde passam milhares de pessoas. E para provar que segue isso à risca, em seu web site oficial, clicando em "News", o internauta vê uma longa lista de fãs que enviaram mensagens ao cantor, com suas fotos ao lado - um ato simples e simpático que cria uma afinidade extraordinária com o público. Poucos artistas fazem isso.

Altas vendas

Enrique também não tem muito apego ao glamour da fama, pelo que se sabe. Prefere hospedar-se em pequenos hotéis, não usa limusines, não é um entusiasta de festas. Seu mais recente disco chama-se Quizàs, já engatilhado pelo single Mentiroso (Liar). É uma volta ao idioma espanhol, segundo o próprio: "O poder da música em espanhol é tão forte que não posso me manter afastado dela nem mais um minuto", disse na época do lançamento. O CD mantém uma característica que o distingue dos demais cantores latinos: ele é o compositor da maioria das faixas do álbum. Em 2003, segundo dados da Universal, o CD já teria sido vendido para mais de 2,5 milhões de pessoas.

No setor de encrencas e fofocas, em 2002, o The Sun publicou uma matéria dizendo que o empresário de Enrique estaria pensando em processar Britney Spears por plágio - a canção da pop teen My Love Was Always There seria um plágio descarado de Maybe. A coisa não foi para frente. Agora, talvez Enrique tenha um novo adversário, e em família: Julio Iglesias Jr., 30 anos, tem para 2003 o disco Terceira Dimensão, todo em espanhol, para concorrer com o irmão mais novo. Mas tudo bem, Enrique já vai estar até nas telonas, no filme de Robert Rodriguez Once Upon A Time In Mexico, com Antonio Banderas, Johnny Depp e Salma Hayek. Interpretará o papel de Lorenzo, um cantor (mariachi) mexicano. O filme ainda não estreou nos cinemas.

Ricardo Ivanov / Redação Terra
            


 
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