Beckham vai pedir na tevê o fim da violência dos hooligansDavid e Victoria Beckham tentam roubar de Liza Minelli e David Gest o título de casal mais disputado por tablóides e colunas de fofocas nova-iorquinos. O astro da Seleção Inglesa e a artista antigamente conhecida como Posh Spice acionam um megaesquema de relações públicas para tentar "conquistar a América".
A estratégia inclui de campanhas publicitárias a aparições na ONU, contando também, é claro, com a ajuda de muitos amigos famosos que já têm credibilidade no país.
Posh e Becks, como foram apelidados pelos tablóides ingleses, são uma verdadeira obsessão em seu país. Se no início a fama das Spice Girls provocava a impressão de um casal perfeito formado por duas estrelas famosas, nos últimos tempos a dinâmica mudou: Victoria passou a viver na sombra do jogador, que brilha no Manchester United e é um dos maiores sex symbols da Inglaterra (além de ícone gay).
Quem já entrou na intimidade do casal garante que a cantora tem comportamento de diva, é ciumenta e constantemente tenta influir nas decisões do marido. É comum ela exigir ser fotografada junto com David em editoriais de moda que eram para ser apenas com ele. Em uma sessão de fotos recente na Inglaterra, ela atrasou a produção em várias horas porque não aprovava as roupas que o marido iria usar – independentemente do fato de que ele estava satisfeito com os looks.
Depois de uma tentativa frustrada de carreira-solo pós-Spice Girls, Victoria acha que a solução para o impasse é conseguir ficar famosa nos Estados Unidos, por meio da cena do hip hop. David, por sua vez, não reclamaria de emplacar os trabalhos com cifras muito maiores oferecidos na América.
No caso dele, a estratégia é utilizar uma tour que o Manchester United vai fazer pelo país nos próximo meses para promover sua imagem pessoal. Para contrabalançar a superexposição na mídia fashion, ele vai participar de um evento da Unicef em julho e aparecer em eventos esportivos.
Victoria é bem mais agressiva: como preparativo para a "conquista", ela instalou um novo par de seios (bem maiores do que os originais) e reforçou os lábios com uma dose extra de colágeno. Seu trampolim é a indústria da moda: depois de ter sido escolhida a musa inglesa da dupla Dolce & Gabbana, ela foi "adotada" por Anna Wintour, a influente editora da Vogue americana (que é inglesa).
Wintour organizou esta semana um jantar em homenagem aos Beckham, com convidados como David Bowie e Iman, Calvin Klein e Mario Testino, que fotografou o casal para um editorial que vai sair na Vogue de setembro. Um organizado esquema de divulgação garante que cada uma dessas ações seja amplificada ao máximo.
O principal problema é que, de acordo com uma reportagem publicada no New York Times há poucos dias, muitos editores só têm interesse em David. Victoria, no entanto, se recusa a deixar o marido posar sozinho.
Ah, sim, e ela quer usar a exposição para impulsionar a carreira musical. A cantora espera que a associação com o superempresário e produtor Damon Dash e parcerias com Jay-Z e Ol’ Dirty Bastard garantam credibilidade a seu trabalho.
O problema é que, ao contrário de outras cantoras medíocres que usaram o hip hop para fazer sucesso, Victoria tem um problema sério: a extrema falta de carisma. Desde os tempos das Spice Girls, em que era a personagem "séria" da turma, ela já era vista como a mais antipática e esnobe.
Victoria também tem de aprender a ser mais diplomática. Apesar de ter sido contratada para ser a garota-propaganda da marca de street-wear Roc-A-Wear, de Damon Dash, ela tem sido fotografada nos últimos dias vestindo apenas Dolce & Gabbana – um erro que deve deixar o empresário enfurecido e fazer o público do hip hop torcer o nariz para ela. Ainda bem que David está sempre disposto a posar sem camisa para uma nova revista.
