Quem não agüenta a falta de assunto e o excesso de corpos malhados nos "reality-shows" que invadiram a tevê brasileira podem dar uma nova chance ao gênero a partir da próxima terça-feira. Pode até ser que os participantes de O Jogo saiam do programa direto para as páginas das revistas de "ensaios sensuais" e se transformem em "celebridades instantâneas". Mas pelo menos a mecânica da competição envolve novidades diante do exibicionismo que marca o formato. Numa mistura de ficção e realidade, os 12 participantes de O Jogo serão chamados a desvendar um crime na fictícia Vila de Santo Antônio. A parte dramatúrgica do programa é assinada por Ronaldo Santos e Thereza Falcão e deve ocupar cerca de 50% dos episódios.
O fato de existir um roteiro e uma história pré-escrita aumenta a rotineira preocupação dos organizadores em garantir a "naturalidade" da ação dos participantes. "A rotina deles não inclui nenhum script. Nós damos as missões investigativas, mas eles não têm texto, não são dirigidos", garante Boninho, diretor de núcleo do programa. "Vamos criar um mundo fictício, habitado por pessoas reais", completa.
Renata Petrocelli / Zapping
