Clarissa Olivares, direto do SP Fashion WeekUm revival do início da grife nos anos 80 mesclado à poesia concreta de Arnaldo Antunes marcaram o desfile da Ellus. "Quisemos colocar na passarela toda a representação da moda daquela época", explicou Nelson Alvarenga, diretor de criação da grife. Trechos de poemas compostos por Antunes especialmente para o desfile deram o compasso dessa proposta.
O resultado foi a predominância das cores fortes como o verde, o roxo, o azul e o vermelho misturados ao jeans de todas as formas: agarrado ao corpo, largos, em saias, jaquetas e sobretudos. Os passos das modelos, marcados pela voz de Antunes, nem sempre foram certeiros e alguns dos sapatos prateados altíssimos ficaram pela passarela.
O preto apareceu como um coadjuvante e mesmo nas poucas vezes em que predominou, veio acompanhado por uma das cores. "A Ellus é a grande gargalhada para contrapor o preto que impera", sentenciou Alvarenga.
A coleção deve alçar vôos mais altos e chega a Paris em fevereiro, segundo Alvarenga, que avisa que a exportação da grife será gradativa. "Queremos conquistar o mercado externo aos poucos para consolidar a marca", completou.
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