Clarissa Olivares, Direto do SP Fashion WeekO mineiro Ronaldo Fraga preparou uma história de amor para divulgar sua coleção, inteiramente inspirada no modo de vestir dos judeus ortodoxos. Vestidos longos, tecidos rústicos e cores sóbrias estavam na passarela. Para remontar uma história judia, nem os quipás faltaram nos modelos masculinos, que dividiram o desfile com as tops Ana Cláudia Michels e Isabella Fiorentino, entre outras.
Ronaldo separou o desfile em três etapas. Na primeira, o preto predominava, remontando o ortodoxismo dos judeus. A segunda, que Ronaldo explicou ser uma abertura para o mundo e definiu como "malha urbana", os modelos ganharam cores: tons de terra, vermelho e laranja. No terceiro e mais impressionante momento, Ronaldo mostrou o que ele classifica como "falso branco" e disse que essa era a parte surreal de sua coleção.
O "falso branco" de Ronaldo Fraga apareceu com furos e manchas vermelhas em vestidos e macacões, que imitavam sangue. "Representa o grande rombo que vivemos neste momento da história, em que nosso passado pertence a outro século", teorizou Ronaldo. "Nós nos preocupamos em ser modernos, quando deveríamos ser contemporâneos", completou.
Preocupado com todos os detalhes de sua criação, que esbarra na teatralidade, uma parede de tijolos compunha o fundo do cenário e pães franceses ocupavam toda a extensão da passarela. "Escolhi o pão francês porque ele tem um design bonito e é universal, mata a fome em qualquer lugar do mundo", explicou.
Confira como foram os desfiles:
» Patachou
» Zoomp
» Iódice
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