"O homem aderiu à cor e não vai abandoná-la tão cedo", disse o octogenário editor em entrevista à Reuters. "Se já usa camisas coloridas, agora deve adotar a cor também para os paletós".

Segundo ele, a modelagem não deve mudar muito. Valem os ternos de três ou quatro botões, as calças com ou sem pregas, as padronagens xadrez ou pied de poule. "O que temos de novo são os tecidos, cada vez melhores, como a lã de verão, mais apropriada ao nosso inverno cálido", afirmou.

Se as mulheres estão interessadas em seguir a última moda, o que os homens querem é saber como se vestir de acordo com cada ocasião social, opina o editor.

Barros, que responde a cerca de 50 emails por dia com dúvidas de leitores via site da Playboy, diz que as principais perguntas são sobre o que vestir em ocasiões sociais, como casamentos e batizados, e também tudo o que seja relacionado com o tal do estilo "casual".

Ele diz que, para inovarem num mundo do trabalho cada vez mais informal, as marcas estão se adaptando para oferecer opções joviais, confortáveis e com tecidos cada vez mais tecnológicos. "O homem passa um calor bárbaro no Brasil", diz Barros, acrescentando que o uso de gravatas e paletós deve diminuir ainda mais no dia-a-dia. "As inovações têm que vir nessa área", diz.

Fernando de Barros aposta em blazers na cor laranja, jeans com lavagens emborrachadas e diz que a influência da roupa esportiva deve continuar forte na passarela. "A contribuição do esporte foi a coisa mais importante que aconteceu para a moda", afirma.

Modelagens ajustadas ao corpo, alinhadas com o estilo imposto pelo designer inglês Paul Smith, devem permanecer em alta. "Mas a moda não é mais uma ditadura. Agora cada um se veste como quiser. O que o homem quer, sim, é ser elegante", diz Barros.

Nesta segunda-feira apresentam suas coleções masculinas de outono-inverno Alexandre Herchcovitch, Fause Haten, Ellus e Ricardo Almeida, conhecido por seus ternos bem cortados e por levar celebridades à passarela.

Reuters

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