A próxima coleção da Cia. Marítima, que faz o maior sucesso nas praias descoladas do eixo Rio-São Paulo durante o verão, vai ser toda inspirada em vários povos indígenas dos Estados Unidos. Penas, miçangas multicoloridas (com força para o turquesa, o vermelho e o verde suave) e tons terrosos serviram de inspiração aos criadores das peças, que também usaram fotos antigas de várias tribos para estampar cangas e biquínis.
"Trouxemos até terra do deserto do Moabe, em Utah, para fazer nossa pesquisa", disse Benny Rosset, diretor-executivo da marca. "Descobrimos que os índios usavam essa terra para tingir suas roupas. Nada mais natural, então, que usar isso na coleção. As fotos da campanha também acabaram sendo feitas feitas lá".
Outros temas norte-americanos que prometem virar estampa nas praias brasileiras são as tradicionais colchas de patchwork, as quilts, além das Forças Armadas dos EUA da virada do século 19.
Nos sutiãs, predominam os modelos estruturados, com arames e bojos reforçados. "Mas também estamos pensando em modelos grandes para quem tem silicone", lembra Rosset, que é responsável pela fabricação de dois milhões de trajes de banho ao ano, unindo a Cia.Marítima e duas marcas mais populares, destinadas à classe B e C.
Ele, que exporta cerca de 10% da produção anual de 700 mil peças da Cia.Marítima para a Europa, passou a vender para os EUA no ano passado e quer conquistar o gosto das norte-americanas ainda mais - um caminho que já foi trilhado com sucesso pela concorrente Rosa Chá.
Nos EUA, Rosset pretende abrir pelo menos 10 pontos de venda este ano, com lojas próprias na Flórida, em Nova York e na Califórnia, além de corners nas principais lojas de departamento.