A grife Ellus, que apresentou sua coleção feminina nesta quinta-feira no São Paulo Fashion Week, convidou mais gente do que devia. O resultado foram algumas expulsões à força da sala de desfiles, com direito a manifestações iradas como a do estilista Marcelo Sommer. "Mudaram a gente cinco vezes de lugar e depois expulsaram a gente da sala", esbravejava ele com Graça Borges, produtora do evento.
"Esse é um problema da marca. Os seguranças não podem deixar gente superlotar nem deixar gente sentada nos corredores", retrucou ela, cercada de leões-de-chácara.
Ao redor, mais de 20 pessoas esperavam do lado de fora pela última chance de ver a coleção da grife, inspirada nos anos 80 e com trilha sonora com músicas de Madonna daquela década. Não deu certo.
Mas a vida dos sem-convite na semana de moda é dura mesmo. Todos os dias, dezenas deles ficam do lado de fora das salas instaladas dentro do prédio da Bienal.
São pessoas que têm acesso ao prédio com convites dos patrocinadores, mas não das grifes. Gente como produtores, maquiadores, promotoras e estudantes de moda, que trabalham na produção do evento formam essa turma, todos esperançosos por uma chance para ver o show ao vivo e em cores.