Furtos têm tirado o bom-humor de quem esta trabalhando no São Paulo Fashion Week. Na segunda-feira, o laptop da jornalista Camila Francis, do site Via Mulher, foi roubado de dentro da sala de imprensa enquanto ela assistia a um desfile. "Saí da sala quando o desfile da Cavalera estava quase começando e voltei assim que o show terminou. Quando cheguei, meu laptop tinha sumido", contou ela a Reuters.
No mesmo dia, foram registrados furtos de equipamentos fotográficos e de uma bolsa de dentro da sala de desfiles. No domingo, um colega de Camila teve o CD player do seu carro roubado.
"Você estaciona o carro no parque porque há sempre pessoas dando indicações aos convidados e você acha que elas vão tomar conta do seu veículo. Mas quando saí daqui, no domingo, às 23h40, meu carro estava todo aberto e tinham levado o meu CD player e quatro CDs importados", disse Jorge Seger.
Segundo Seger, as ocorrências dos assaltos estão sendo feitas na 36a. Delegacia de Polícia, que se localiza próxima do Parque do Ibirapuera, onde a semana de moda está acontecendo. A delegacia foi procurada pela Reuters, mas a delegada de plantão Roberta Guerra afirmou não ter conhecimento dos registros, que ela acredita terem sido feitos em outro expediente.
Guerra, no entanto, afirmou que as vítimas tem o direito de entrar com uma ação na Justiça para terem os seus bens ressarcidos pela organização do evento.
De acordo com os jornalistas assaltados, a organização do evento deu respostas evasivas, prometendo apenas verificar se existe a possibilidade do Fashion Week arcar com os prejuízos.
"Procurei o Paulo Borges (fundador da semana de moda) e ele virou as costas para mim", disse Seger. "Acho um absurdo que exista segurança particular contratado e ninguém possa fazer nada para evitar esse mal-estar".
A diretoria do Fashion Week foi procurada três vezes pela Reuters na terça-feira, mas em todas elas foi informada que os organizadores do evento encontravam-se em reunião, sem hora para acabar.
Gisele Najar, responsável pelo atendimento à imprensa, afirmou apenas que "como em todo lugar publico, as pessoas têm que cuidar das coisas. A sala de imprensa é restrita a pessoas com crachá e, portanto, só havia jornalistas ali".