Malhação
Rede
Globo
De
casa para o colégio, passando pela rua, o adolescente não pára. Sempre tendo que
responder a perguntas como, "onde você vai?", "que horas você volta?", "de quem
são essas pílulas na sua bolsa?", "você quer dormir com seu namorado e ainda por
cima aqui em casa?!", ele mal tem tempo de se concentrar nas perguntas dos professores,
que ainda assim são definitivas para seus planos futuros, ou para o futuro que
os pais planejam pra ele. Com
pais, irmãos, professores, amigos, namorados e, principalmente, com aqueles por
quem estão apaixonados, os adolescentes estabelecem relacionamentos que ajudam
a responder todas essas questões. Por
isso, Malhação pode ser definido em três palavras: relacionamento
de adolescentes. Com todos ao seu redor. Para que esses relacionamentos sejam
vistos em detalhes precisamos de uma história e de um protagonista. Por que não
uma menina, digamos, de uns quinze anos? Uma menina honesta com todos e também
com seus sentimentos. Essa menina certamente viverá numa casa. A casa da família
dela: o pai, a mãe e aquela empregada que já está há tanto tempo com eles que
também é da família. Ah, sim, e o irmão, com quem ela discute quase o tempo todo.
Essa família terá problemas como toda família. Alguns maiores que a própria menina.
Mas ela terá que conviver com eles. Talvez não seja a família mais harmoniosa
do mundo. Mas é a única que ela tem. Como
nenhum adolescente vive apenas em casa, teremos outro lugar. Um lugar onde nossa
adolescente obrigatoriamente se relaciona com outros adolescentes, que por sua
vez têm seus próprios problemas, pais, paixões e histórias diferentes dos dela.
Que tal um colégio? Um colégio só de segundo grau. Um colégio onde exista uma
turma. Não uma turma de alunos da mesma série, mas ainda assim uma turma, quase
sempre, muito unida. Um colégio como tantos outros, com professores dedicados
e cobranças constantes, inclusive das mensalidades. Um colégio em que os alunos
estudam muito, fazem muito esporte e se apaixonam mais ainda. E
também, claro, a rua. O espaço fora das instituições, longe da vista de autoridades.
A rua representada por um bar, o "Guacamole", point onde de dia se mata aula,
de tarde se joga sinuca e à noite sempre se pode viver um grande romance.
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