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Ambicioso, Tales of Shadowland inicia financiamento coletivo

RPG online brasileiro quer resgatar nostalgia dos jogos do gênero e ser 'metaverso' para outras franquias

8 abr 2022 - 14h23
(atualizado às 14h24)
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Arte de Tales of Shadowland, MMORPG brasileiro
Arte de Tales of Shadowland, MMORPG brasileiro
Foto: Uzmi Games / Divulgação

Criado pela paixão dos seus desenvolvedores pelos clássicos games de RPG online, ou MMORPGs, Tales of Shadownland é um dos jogos mais ambiciosos já produzidos no Brasil. O jogo entrou em financiamento coletivo nesta sexta (8), no Catarse, pedindo R$ 500 mil para a conclusão da produção, que tem lançamento previsto para 2024.

O Game On conversou com André Ferreira, diretor do jogo e fundador do estúdio Uzmi Games, Douglas Mesquita (mais conhecido como o youtuber Rato Borrachudo), co-fundador do estúdio, e com Guilherme Dei Svaldi, da Jambô Editora, que atua como parceira da Uzmi na campanha de financiamento de Tales of Shadowland, para saber mais sobre o game que quer ser um marco na indústria brasileira de jogos digitais.

Confira o trailer da campanha de financiamento do jogo:

Um mundo para contar histórias

Em um primeiro olhar, Tales of Shadowland é um MMORPG bastante tradicional, com múltiplas classes de personagem e um vasto mapa para explorar e embarcar em aventursa de fantasia medieval. O jogo já está em desenvolvimento desde 2020 e o financiamento visa dar maior publicidade para o projeto, bancar parte dos custos de produção e ajudar a concretizar a visão dos criadores para o projeto.

Segundo Douglas, o game tem o apelo nostálgico dos MMOs de antigamente, que games maiores perderam com o passar dos anos. "Queremos trazer essa nostalgia de volta", disse o youtuber, que é formado em TI e responsável pelo marketing de Tales of Shadowlands. 

Sua visão é de que será possível contar diversas histórias no jogo, que funcionaria como um Metaverso. "Portais podem se abrir e um novo mundo surgir no game, com uma história de Tormenta ou de Mortal Kombat", explicou. Essas colaborações dependeriam de parcerias comerciais, é claro. É uma estratégia cada vez mais frequente na indústria, com crossovers entre marcas da cultura pop acontecendo em jogos como Fortnite, Free Fire e muitos outros.

Assista ao teaser da versão alfa de Tales of Shadowland:

Um dos atrativos do game é a liberdade de exploração e a possibilidade de jogar junto com outras pessoas, elementos essenciais em um bom RPG online. Segundo André, Shadowland suporta mais de mil jogadores simultâneos na mesma tela - um feito notável. O game já conta com cerca de 40 mil usuários cadastrados e espera alcançar a marca de 100 mil no lançamento em 2024.

Quem participar do financiamento coletivo poderá começar a jogar bem antes. Os apoiadores do projeto participarão dos testes alfa depois do fim da campanha e terão acesso ao beta do game em 2023.

Projeto ambicioso

Arte de Tales of Shadowland
Arte de Tales of Shadowland
Foto: Uzmi Games / Divulgação

Com um jogo do porte de Tales of Shadowland, a Uzmi quer abrir oportunidades para a indústria de games no Brasil, que já conta com vários estúdios e produtores independentes com jogos bem feitos e premiados internacionalmente, mas ainda não apresentou uma produção dessa escala.

Ainda assim, o estúdio se propõe a disputar o mercado de MMORPGs. Para isso, vai precisar competir pelo público com produções milionárias como World of Warcraft e Final Fantasy XIV Online. A Amazon gastou milhões de dólares e levou anos para entrar nessa disputa com New World. Do seu lado, a Uzmi pede R$ 500 mil no Catarse, pouco mais de US$ 100 mil na cotação atual.

André tem noção de que é um mercado difícil e diz que a meta inicial da Uzmi é fazer de Tales of Shadowland um jogo que a comunidade vai gostar.

"Queremos erguer uma bandeira dizendo que o Brasil é um bom lugar para desenvolver jogos", disse Douglas. A ideia é que o financiamento sirva como um termômetro do engajamento da comunidade para aumentar a visibilidade do projeto junto a potenciais publishers internacionais.

"Temos a possibilidade de lançar o jogo na China, com uma grande publisher de lá", revelou André. "Estamos provando que temos capacidade de fazer. Produzimos um alfa funcional, com jogadores. Não é um financiamento para iniciar o desenvolvimento, é para dar um up no jogo com a comunidade, antes de procurar os parceiros internacionais".

"O financiamento não está sendo feito para financiar o jogo mas para aprimorá-lo. Somos todos apaixonados por gamers, mas somos todos profissionais, com muito tempo no mercado", ressaltou Guilherme, sobre a viabilidade do lançamento. "A aventura é dos personagens, nós não estamos em uma aventura, foi tudo bem planejado. Não temos o capital de uma Blizzard ou EA, mas temos as nossas forças, um pessoal super competente que não deve nada aos outros mercados".

Financiamento coletivo

Falando sobre a experiência da Jambô com campanhas de financiamento coletivo que tiveram muito sucesso, como a do jogo Tormenta20, Guilherme apontou alguns aprendizados que a editora trouxe para o projeto da Uzmi.

"A primeira campanha do Tormenta atrasou em 2019 e só entregamos o produto em 2020. Começamos a desenvolver o jogo depois da campanha, junto com a comunidade. O projeto cresceu demais e precisávamos escolher: Ou entregávamos na data combinada ou entregávamos o produto que as pessoas queriam", relembra o editor. "O que aprendemos foi a começar o desenvolvimento do produto antes do financiamento coletivo. E isso o Tales já estava fazendo. Se não fosse assim, a gente não entraria na campanha".

Com o foco total na campanha de financiamento, a Uzmi não vai levar o jogo para feiras ou festivais este ano. "Gostaríamos de estar no BIG Festival, mas não deu tempo para se preparar", explica André. "Nós conversamos com a BGS, mas não podemos colocar o jogo no corredor indie", comentou Douglas.

A preocupaçõa do youtuber é que sua presença, a do dublador Guilherme Briggs e outras celebridades da internet poderiam causar tumulto na área. "Eu adoro o corredor indie, sempre gravo lá quando estou na feira, mas a gente sabe como é a BGS e isso poderia gerar muita confusão", explicou.

RPG online gratuito e sem 'pay to win'

Desenvolvido para PC, Tales of Shadowland será gratuito para jogar, com monetização através da venda de itens cosméticos. Os produtores garantem que o jogo não terá itens 'pay to win', aqueles equipamentos que dão muitas vantagens para o jogador, mas só podem ser comprados com dinheiro real.

"Somos todos jogadores, nunca aceitaríamos isso no nosso jogo", explicou Douglas, afirmando que o game terá sim, itens cosméticos incríveis para incentivar a monetização.

A campanha de financiamento do MMORPG brasileiro Tales of Shadowland já está aberta no Catarse.

Fonte: Game On
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